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Honda CR-V vira rival de Audi Q3
Comparativo

Honda CR-V vira rival de Audi Q3

Em comparativo, CR-V 2.0 4x4 de topo desafia Q3 com motor 1.4 turbo; veja quem se saiu melhor

12 de ago, 2015 · 7 minutos de leitura.

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 Honda CR-V vira rival de Audi Q3
Até recentemente, os carros alemães eram, em geral, bem mais caros que modelos equivalentes de outras marcas. Mas as coisas mudam e este comparativo mostra claramente essa nova fase. Com a introdução do motor 1.4 TFSI na linha Q3, a Audi lançou uma versão tabelada a R$ 127.190 – até então, havia apenas a 2.0 (a mais em conta partia de R$ 145.190). A Honda fez o caminho inverso e tirou de cena a opção 4×2 do CR-V, que girava em torno de R$ 100 mil, por causa da chegada do HR-V, e traz somente a de topo, EXL 4×4, por R$ 134.900.

E agora? “Japonês” fabricado no México ou “alemão” produzido na Espanha?O Honda se defende principalmente por ser amplo, mas perde em outros quesitos importantes. No balanço, deu Audi por uma vantagem mínima.

No preço, o Q3 larga na frente, pois é R$ 7.710 mais barato. O motor 2.0 aspirado do Honda gera 155 cv com etanol e 150 cv com gasolina, mesma potência do 1.4 turbo do Audi, que, por ora, é movido apenas pelo combustível mineral.
A partir daí, as coincidências praticamente terminam. O Honda dá um banho quando o assunto é espaço. Com 4,58 metros – 19 cm a mais que o Q3 -, o CR-V acomoda melhor pessoas e cargas.

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No banco traseiro, a vantagem é pequena, por causa da distância entre os eixos parecida (2,62 m e 2,60 m, respectivamente). O porta-malas do Honda tem 589 litros – são 129 l a mais que o do Audi.Dos dois, só o Honda tem chave de presença e partida por botão. E só o alemão desliga e religa o motor em paradas de trânsito, por exemplo.
No desempenho, o Q3 é bem superior. Esse Audi é um bom exemplo de downsizing (redução de tamanho, na tradução livre) do motor. Graças ao turbo, o 1.4 não decepciona.

Há uma leve hesitação em baixo giro, mas a partir das 2.000 rpm o Q3 fica bem animado. O utilitário acelera de 0 a 100 km/h em 8,9 segundos e chega a 204 km/h, de acordo com dados da Audi. A explicação está no bom torque de 25,5 mkgf, a partir das 1.500 rpm.
Apesar de ter motor maior, as respostas do CR-V são mais lentas (a Honda não divulga dados de desempenho). Uma das explicações é o torque menor que o do Q3 (19,5 mkgf), entregue a partir das 4.800 rpm. Por isso, subidas com o jipe carregado podem ser um problema

Quando virarnacional Q3terá 1.4 flexível


No ano que vem, a Audi começa a montar o Q3 em São José dos Pinhais, no Paraná. A única diferença do modelo nacional ante o trazido da Espanha deverá ser a tecnologia flexível. O 1.4 será feito na fábrica de motores da Volkswagen em São Carlos (SP) e vai estrear no A3 Sedan, cujo início de produção local está previsto para o mês que vem. Na sequência, o 1.4 bicombustível deve passar a equipar o Volkswagen Golf, que também será produzido na planta paranaense (o Grupo VW é dono da Audi) para, depois, chegar ao Q3.

Opinião:

Fique com o Audi, que é mais barato


O motor Audi 1.4 TFSI é oferecido apenas em conjunto com a tração dianteira. O sistema integral Quattro só acompanha o Q3 2.0. Por isso, se a tração 4×4 for imprescindível para você, o Honda ganha relevância no comparativo. Mas, mesmo nesse caso, o Q3 2.0 não está muito distante em preços: a versão “traçada” parte de R$ 145.190 e ainda permanece na briga com o CR-V (R$ 134.900). A diferença, abaixo de 10%, não chega a ser um grande problema. Aliás, o Q3 1.4 só é competitivo na configuração Attraction (R$ 127.190).

Isso porque a Ambiente salta para R$ 144.190, apenas R$ 1 mil abaixo do Q3 2.0 Attraction.Ou seja: ainda pode brigar com o Honda, mas não com o Q3 2.0. Além da maior estabilidade, graças à tração integral, a pequena hesitação em baixa rotação manifestada pelo motor 1.4 não existe no 2.0, que tem potência (180 cv) e torque (32,6 mkgf) bem superiores.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.