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Land Rover deve inaugurar fábrica até maio
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Land Rover deve inaugurar fábrica até maio

Planta da montadora em Itatiaia é fruto de R$ 750 milhões e, a princípio, produzirá dois carros

19 de jan, 2016 · 5 minutos de leitura.

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 Land Rover deve inaugurar fábrica até maio
Discovery Sport e Range Rover Evoque serão produzidos em Itatiaia

A fábrica da Jaguar Land Rover em Itatiaia, no Rio de Janeiro, logo inaugurada logo após abril. “Será daqui alguns meses”, diz o diretor da empresa para operaçõs em regiões como América Latina, África e Oriente Médio, Dmitry Kolchanov.

O executivo veio ao País para a apresentação do novo presidente da empresa, Frank Wittemann, que assumirá a operação no mês que vem, em substituição a Terry Hill. Eles comentaram as expectativas para o mercado brasileiro no decorrer de 2016 e nos próximos anos.

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Uma das poucas marcas que luxo que não registraram crescimento em vendas no ano passado, a Land Rover investirá na nacionalização de dois produtos em 2016. Primeiro, virá o Range Rover Evoque. Até o fim do ano, chegará o Discovery Sport.

Os dois modelos feitos em Itatiaia, que está recebendo investimento de R$ 750 milhões, primeiro serão montados em CKD – com peças importadas da Inglaterra. Porém, de acordo com Kolchanov, em breve haverá nacionalização de partes e de processos produtivos – até porque é uma das exigências do governo para conceder isenção de IPI adicional destinados aos importados a esses dois carros.

Por ora, não está planejada exportação de carros, a partir do Brasil, para outros países da América Latina. Segundo Kolchanov, por ora levar os carros nacionalizados a países como o México, segundo principal mercado da empresa na região – o primeiro é o local -, não seria vantajoso. “Não porque o custo de produção no Brasil é caro, mas porque o volume inicial será baixo (de 24 mil unidades ao ano)”, explica.


A exportação, porém, está em estudo. “Precisamos ver qual será o tamanho da demanda no Brasil, e também nos outros países. Então, tomaremos a decisão”, diz Kolchanov.

Segundo Wittermann, o ideal seria que o segmento premium tivesse Brasil, como os mercados mais maduros, participação de pelo menos 10%. Atualmente, ele estima que este número esteja entre 5% e 6%.

A companhia acredita que, em breve, o número almejado será alcançado, mesmo em período de crise. Até porque, no ano passado, enquanto o mercado geral de carros teve queda expressiva, o de modelos premium cresceu.


“Há sempre períodos de crise econômica (como ocorre atualmente no Brasil). Mas acreditamos que o mercado vai se recuperar e, em cinco ou dez anos, poderá até dobrar”, complementa Kolchanov.

Nesse contexto, segundo o executivo, o desafio da Jaguar Land Rover é ganhar escala. “Somos menores (em vendas) que nossos principais concorrentes”, afirma Witteman.

Para almejar números como os de Audi, Mercedes-Benz e BMW – que, em média, venderam 16 mil carros no Brasil em 2015, ante os pouco mais de 9 mil das duas marcas inglesas -, uma possibilidade é produzir por aqui carros da Jaguar. “Estamos de olho no que vai acontecer no mercado, mas é, sim, uma possibilidade.” O favorito ao posto de terceiro carro nacional do grupo é o sedã XE.


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Jornal do Carro
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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.