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Veja como anda o novo Kia Sportage
Avaliação

Veja como anda o novo Kia Sportage

Quarta geração do utilitário mantém motor 2.0 flexível de 167 cv e câmbio automático de seis marchas

24 de jun, 2016 · 7 minutos de leitura.

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 Veja como anda o novo Kia Sportage
Quarta geração do Kia Sportage

De um jipe meio desengonçado e barulhento de meados dos anos 1990, o Sportage passou por uma verdadeira reinvenção ao longo de suas quatro gerações. A mais recente acaba de chegar ao País com visual mais esportivo em duas versões, a LX, de R$ 109.990 e EX, a R$ 134.990.

A diferença entre as duas está na lista de equipamentos. A LX tem rodas de 17″, ar-condicionado, controlador de velocidade de cruzeiro, sistema de som com tela sensível ao toque de 5″ e câmera de ré e sensores de obstáculos atrás. A EX adiciona air bags laterais e de cortina, controles de estabilidade e tração (itens que poderiam ser de série em todos), assistente de partida em rampas, sistema multimídia com GPS e tela de 7″, além de teto solar panorâmico e bancos de couro.

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Sob o capô, o conhecido 2.0 flexível de 167 cv e 20,2 mkgf acoplado ao câmbio automático de seis marchas. O conjunto é o mesmo que equipava o Sportage anterior e está no irmão Hyundai ix35 à venda. A marca não comenta sobre uma possível vinda do motor 1.6 turbo de 176 cv que equipa o carro na Europa. Por lá, ele ainda usa uma transmissão de dupla embreagem e sete marchas.

O carro ficou ligeiramente mais espaçoso, com o aumento de alguns poucos centímetros no entre-eixos. Atrás, há espaço para três ocupantes sem muito aperto, mas a falta de um cinto de três pontos para o passageiro central é falta grave. O encosto reclina em dez posições diferentes e ajuda na acomodação no banco de trás.

Na frente, o espaço é amplo para motorista e passageiro. Para quem vai ao volante, a posição de dirigir é bem acertada, confortável. Os ajustes de altura e profundidade do volante são amplos e ajudam a encontrar o melhor ponto para guiar.


Segundo a Kia, o porta-malas leva bons 868 litros, mesmo com a adoção de estepes de tamanho integral, 17″ no LX e 19″ no EX, ambos com rodas de liga-leve iguais às demais.

Comportado. Com o mesmo 2.0 do modelo antigo sob o capô, o Sportage não surpreende ao volante. As reações são comedidas e o comportamento bastante suave. O propulsor é silencioso em rotações mais baixas e até leva o utilitário sem muito esforço em ritmos mais leves.

No entanto, acima de 3.500 giros, o 2.0 vibra mais e se torna algo barulhento. Além disso, há pouca sobra de potência em regimes mais elevados, o que pede paciência e cautela em ultrapassagens, principalmente se o carro estiver carregado. O câmbio automático de seis marchas ajuda bastante com trocas suaves e rápidas, além de ter opção por trocas manuais na alavanca e no volante da versão mais cara. O Sportage não é um carro lento, mas o conjunto motriz também não empolga.


Com rodas de 17″ e pneus de perfil mais alto, o Sportage LX tem rodar macio, mas a suspensão poderia ser mais silenciosa. Ainda assim, buracos e valetas são bem absorvidos pelo sistema. A direção é leve para manobras, mas mantém o baixo peso também em velocidades mais altas, o que passa alguma insegurança na estrada.

Por ter relação bem direta, movimentos pequenos no volante já se refletem em mudanças de direção, situação onde uma calibragem mais firme ajudaria a manter o prumo na estrada sem a necessidade de correções constantes.

A versão básica, avaliada por um trecho de cerca de 60 km nos arredores de Itu (SP), chama atenção pela simplicidade do acabamento interno. Apesar de bem montado, os bancos são de tecido simples e o revestimento das portas inteiro de plástico rígido. A central multimídia até tem tela sensível ao toque e mostra imagens da câmera de ré, mas não há sequer computador de bordo no modelo básico, o que não condiz com a etiqueta de R$ 106.990 do modelo. Faltam também air bags laterais e de cortina, além de controle de estabilidade, oferecidos apenas na versão mais cara EX.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.