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Confira a avaliação e o preço do Nissan Kicks
Avaliação

Confira a avaliação e o preço do Nissan Kicks

Nissan Kicks chega às lojas apenas na versão de topo SL por R$ 89.990 com motor 1.6 flexível de até 114 cv

19 de jul, 2016 · 7 minutos de leitura.

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 Confira a avaliação e o preço do Nissan Kicks
Nissan Kicks chega por R$ 89.990

A Nissan lançará o Kicks no Brasil em clima de competição. Carro escolhido para acompanhar o revezamento da tocha olímpica – já que a montadora é a principal patrocinadora dos jogos do Rio de Janeiro -, o utilitário-esportivo chega às lojas em 5 de agosto, dia da abertura do evento, e tem a meta de conquistar ao menos uma medalha no segmento.

A seu favor, há o fato de ser um projeto bem desenvolvido, a ótima lista de equipamentos e o preço de R$ 89.990, menor que os dos rivais, para a versão SL. Já a série Rio 2016 é tabelada em R$ 93.500. As opções mais em conta só serão lançadas quando o veículo for nacionalizado, o que ocorrerá até o ano que vem – por ora, ele vem do México.

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Também conta a favor do Kicks o ótimo comportamento dinâmico, capaz de melhorar seu índice na busca por um lugar no pódio de vendas. Já o desempenho do motor 1.6 flexível pode não gerar o fôlego necessário no sprint final.

Em um primeiro contato, o Kicks chama a atenção. Seu desenho é moderno e o porte, adequado ao de um utilitário. Por dentro, o acabamento é muito bom. Na versão avaliada, o interior de dois tons, com couro marrom nas portas e painel e plástico texturizado preto no resto, dá aura de sofisticação.

Completam esse bom pacote visual itens funcionais, como o quadro digital personalizável do lado esquerdo do cluster e a tela colorida de 7” sensível ao toque que “salta” do painel central oferecendo navegação, sistema multimídia e câmera 360 graus para o assistente de estacionamento.


No quesito desempenho, o carro está bem longe de empolgar. Os 114 cv e 15,5 mkgf a 4 mil rpm são apenas suficientes para mover o carro com o mínimo de dignidade. O câmbio automático CVT, que traz conforto na ausência de trancos, também não parece ser a escolha ideal, e o modelo só pega embalo perto dos 3.800 rpm, já a mais de 80 km/h.

A partir desse ponto, ao manter a velocidade de cruzeiro, o comportamento melhora. E, ao selecionar o modo Sport em um botão na alavanca, a rotação sobe mais rápido e o utilitário acelera com mais vigor. A diferença é bem perceptível, mas ainda sem colocar emoção na equação. Para compensar isso, o Nissan agrada ao bolso. É nota “A” no programa de etiquetagem do Inmetro e fez a média de 9,3 km/l de etanol no uso misto de cidade e estrada.

A suspensão é excelente. Composta por um conjunto de McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira, ela segura o Kicks muito bem nas curvas e dá ao carro rodar macio, sem aquela oscilação da carroceria sentida em muitos utilitários. Ao passar em buracos, suporta bem o tranco, sem transferir quase nada ao motorista.


O bom trabalho é auxiliado por vários sistemas eletrônicos, como os controles dinâmicos de chassis e de curvas e o estabilizador ativo de carroceria. As rodas de liga leve aro 17 com pneus 205/55 também surgem como mais uma opção acertada no utilitário.

A posição de dirigir é ótima: o volante tem boa pegada e é bem centralizado em relação ao assento criado pela NASA, agência espacial americana. Nas mais de cinco horas de avaliação do carro, realizadas sem paradas, não houve cansaço no final, prova de que o foco em evitar a fadiga está no caminho certo. Todos os botões estão ao alcance e à mostra, inclusive os de abertura do tanque de combustível e do capô, nem sempre fáceis de achar em outros veículos. O espaço é bom na frente e atrás, mas nessa parte só para duas pessoas, cujos joelhos e cabeça ficam bem acomodados.


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.