A Mini começou a vender no Brasil a nova geração do Cabrio, versão conversível do simpático hatch inglês. Em versão única, que já está nas concessionárias da marca a R$ 164.950, traz motor 2.0 turbo de 192 cv e câmbio automático de seis marchas.
Apesar de ter valor alto, o carro entrega pacote bem completo, ainda que com algumas faltas. Há ar-condicionado automático de duas zonas, bancos de couro, central multimídia com navegador GPS e ótimo acabamento. Mas o ajuste dos bancos é manual e não há, por exemplo, monitores de ponto cego e conectividade mais ampla com celulares pelas plataformas CarPlay, da Apple, e Android Auto.
O quatro cilindros move o conversível com decisão e o desempenho é irrepreensível. O câmbio faz trocas de marcha de forma suave e rápida, e o conjunto responde prontamente aos comandos do motorista.
Mas, ao contrário das outras versões do Mini, no Cabrio o desempenho se torna um coadjuvante quando a capota é aberta e o sol invade a cabine. Além de poder ficar totalmente aberta ou fechada, a capota de lona simula um teto solar, ao abrir apenas a parte frontal, antes de se esconder sobre o porta-malas em cerca de 20 segundos e a até 35 km/h.
Também é possível rodar em velocidades mais elevadas, na casa dos 120 km/h, com o teto aberto sem vento ou barulhos em excesso. Dá para conversar ou ouvir música sem problemas enquanto se viaja com a capota baixada esbanjando charme.
Com o teto fechado, o isolamento acústico é bom, ainda que ligeiramente pior que o do hatch. Mas a carroceria não torce nem chacoalha ao passar por imperfeições no asfalto, a despeito da suspensão firme característica dos carros da Mini. Os pneus, aliás, são convencionais e dão um pouco de maciez ao rodar – os Runflat, bem mais duros, são opcionais.
Foguetinho. No modo esportivo, todos os 192 cv parecem sempre prontos para avançar e o Cabrio fica mais arisco. O escapamento faz mais barulho e até “pipoca” quando o motorista tira o pé do acelerador em frenagens ou reduções de marcha. O 2.0 é forte desde as baixas rotações e torna o Mini quase um esportivo, mas ainda assim o carrinho consegue ser dócil e confortável.