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BMW M2 e Mercedes C 43 AMG têm pimentas distintas
Comparativo

BMW M2 e Mercedes C 43 AMG têm pimentas distintas

Versões preparadas de BMW e Mercedes duelam para mostrar qual cupê esportivo alemão com motor de 6 cilindros é mais interessante

09 de out, 2016 · 7 minutos de leitura.

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 BMW M2 e Mercedes C 43 AMG têm pimentas distintas
BMW M2 e Mercedes-Benz C43 AMG

Eles são cupês, vêm da Alemanha, têm assinatura das divisões de preparação de suas respectivas marcas, motor de seis cilindros e tabela em torno dos R$ 400 mil. Por causa das similaridades, comparamos os recém-lançados Mercedes-Benz AMG C 43, que traz um V6 de 367 cv e parte de R$ 397.900, e BMW M2, com seu seis-em-linha de 370 cv, a R$ 379.950. Por ser maior e mais confortável se o motorista quiser, o Mercedes foi melhor – por dois pontos (veja no quadro).

No visual, o C 43 AMG Coupé traz as atualizações feitas nos demais Classe C, além de vários itens exclusivos. O para-choque dianteiro tem entradas de ar maiores e o traseiro traz difusores na parte inferior. Na frente, a grade tem desenho do tipo “diamante”. As caixas de roda, por sua vez, são mais largas que as das versões “comuns”.

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Seu V6 biturbo gera 52 mkgf a 2.000 rpm e deixa o cupê sempre pronto para acelerar. Com o câmbio automático de nove velocidades nos modos Sport ou Sport+, o carro fica mais nervoso e as marchas, que podem ser trocadas nas hastes atrás do volante, não “sobem” sozinhas quando o motor gira no limite.

Para ir de 0 a 100 km/h o Mercedes precisa de 4,7 segundos. A velocidade máxima é limitada eletronicamente a 250 km/h.

O C 43 AMG Coupé não tem o ímpeto do C 63, esse sim um devorador de asfalto com seu V8 de 510 cv. Trata-se de um carro no qual é possível dosar a quantidade de pimenta: basta ativar uma das opções de modos de condução que mudam as respostas de transmissão, motor suspensão e direção.


O M2 Coupé, por sua vez, é um autêntico representante da divisão M e herdeiro do mítico 2002, de 1973. No visual, destacam-se as grandes entradas de ar na dianteira, os para-choques volumosos e as saídas duplas de escapamento atrás.

Menor que o rival C 43 e que o M3, tem desempenho equivalente ao do “irmão”, do qual herdou muito da mecânica. Com seu seis-cilindros em linha com turbo e o câmbio automatizado de sete marchas, requer 4,3 segundos para ir de 0 a 100 km/h e pode alcançar 250 km/h.

Essa veia bruta, que por um lado agradará (muito) os puristas, por outro acaba limitando o tipo de público do cupê. Esse BMW não é um tipo de carro confortável para o dia a dia – tem suspensões duras, respostas muito diretas e, por causa da pequena distância em relação ao solo, raspa o assoalho em qualquer lombada ou rampa um pouco mais inclinada.


A cabine reflete a alma de cada um desses modelos. O acabamento do Mercedes é um primor – há volante multifuncional com base reta revestido de couro, assim como os bancos (com ajustes elétricos e cinco opções de tom), relógio analógico e soleiras das portas iluminadas. Já a tela do sistema multimídia, que lembra um tablet, destoa do conjunto. Para a carroceria, há sete cores metálicas e duas sólidas (branca e preta).

Entre os vários sistemas eletrônicos para aprimorar a segurança, o C 43 AMG traz controles eletrônicos de estabilidade e tração, distribuição das forças de frenagem e assistente de partida em rampa, além de air bags laterais e do tipo cortina, inclusive para os passageiros do banco de trás e câmera na traseira. Teto solar, monitoramento da pressão dos pneus, faróis full LEDs e partida por botão também vêm de fábrica.

Por dentro, o M2 é mais “simples” que o rival. O acabamento é bom, mas está longe de ser requintado e remete aos esportivos puros, com profusão de plásticos e uma certa obviedade nos tons.


Os controles eletrônicos de tração e diferencial ajudam quem quiser abusar. Há até bomba suplementar de óleo, para garantir a eficiência do motor em frenagens bruscas e em curvas feitas em alta velocidade.

AGRADECIMENTOS: FOTOS FEITASNO CENTRO DE EVENTOS PROMAGNO, FONE: (11) 4010-5100


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”