Apesar de nadar de braçada com o sedã Corolla e ter visto na oferta de câmbio automático uma boa estratégia para alavancar as vendas da família Etios, a Toyota sabe que ainda precisa preencher a enorme lacuna que existe entre os dois modelos – tanto em termos de tamanho (são 3,77 m e 1,69 m, respectivamente) como de preço.
A solução natural está no próprio portfólio da marca japonesa, atende pelo nome de Yaris e vem sendo especulada para o Brasil há um bom tempo – viria do México, para não recolher imposto de importação e ter preço competitivo nestas bandas. Com a crise econômica, porém, o Brasil acabou perdendo o bonde e o Yaris chegou primeiro à Argentina.
O hatch foi apresentado no país platino pela primeira vez no Salão de Buenos Aires de 2015. Como a receptividade foi boa, a Toyota começou a trazê-lo não do México, mas da Tailândia, em versão única com cinco portas, tabelada a AR$ 347 mil (R$ 76 mil). O carro já está nas concessionárias.
Foi adotado o mesmo motor 1.5 de 107 cv que já equipa o Etios, em conjunto com uma transmissão automática do tipo CVT, de relações continuamente variáveis.
O pacote de equipamentos inclui ar-condicionado, direção elétrica, central multimídia com tela de 7 polegadas, Bluetooth e conectividade com smartphones, sensor de obstáculos traseiro, retrovisores externos elétricos com repetidores de seta e sistema Isofix para fixação de cadeirinhas. A cabine tem bom acabamento e espaço para 326 litros no porta-malas.
A expectativa da Toyota é vender no mercado argentino cerca de 300 unidades por mês do modelo que, além de México e Tailândia, também está presente em países como Chile e África do Sul. Há também uma versão à venda na Europa, mas com desenho e mecânica diferentes.
Para o mercado brasileiro, cogita-se que a marca japonesa esteja preparando o lançamento não do Yaris hatch, mas sim da versão três-volumes, derivada do sedã Vios e que também chegará à Argentina. Por aqui, a missão do modelo seria bater de frente com Honda City e Ford Fiesta Sedan.