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Fiat Uno Sporting 1.3 encara VW Up! TSI
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Comparativo

Fiat Uno Sporting 1.3 encara VW Up! TSI

Up! TSI e seu 1.0 turbo com injeção direta e até 105 cv encara o Uno Sporting, que trocou o antigo 1.4 pelo 1.3 de até 109 cv

21 de dez, 2016 · 7 minutos de leitura.

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 Fiat Uno Sporting 1.3 encara VW Up! TSI
VW Speed Up! TSI e Fiat Uno Sporting 1.3

Um tem motor de quatro cilindros e aspiração natural. O outro compensa o cilindro a menos com um turbocompressor. O primeiro é o Fiat Uno Sporting, que recentemente teve o 1.4 substituído pelo novo 1.3 e parte de R$ 49.340. O outro é o Volkswagen Up! TSI, tabelado entre R$ 49.585 (versão Move) e R$ 55.119 (Speed, como a das fotos). Nesse comparativo os dois travam um duelo de pequenos espertinhos.

No visual, o Uno deixa mais evidente sua aspiração à esportividade. Ela está nos novos grafismos laterais, no escapamento central duplo (como no Mini Cooper S) e em detalhes vermelhos no acabamento do quadro de instrumentos, volante, maçanetas e bancos.

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O Up! é mais discreto. Mesmo na versão Speed (a única que ostenta faixas laterais), os retrovisores são pintados de azul, cor que não costuma estar associada à esportividade.

Aparência à parte, quando se pisa no acelerador as coisas mudam. O Up! demonstra ter temperamento muito mais nervoso que o Uno. O pequeno Volkswagen apresenta reações sonolentas até as 2.000 rpm, mas depois disso, quando a turbina “enche”, ele se torna uma agradável pimentinha, que se traduz em ótimas respostas. Conforme dados da VW, o carrinho vai de 0 a 100 km/h em 9,1 segundos. O Fiat requer 9,8 segundos para a mesma tarefa.

Além dos números, o fato é que, ao volante, o Up! agradará mais os que buscam dinamismo. Os dois compactos têm direção elétrica (recém-chegada no Uno), mas no Up! as respostas são mais precisas.
O mesmo vale para a suspensão. A do Volkswagen é mais firme, enquanto no Fiat o acerto privilegia o conforto.


Quanto aos freios, as respostas também são mais precisas no Up!. Ao Uno, falta progressividade. No início do curso, o sistema quase não atua, para em seguida estancar o carro de vez.

Os engates de câmbio são melhores no Up!. Resumindo, para quem deseja um compacto com reações nervosas, o Volkswagen é a melhor opção.


Só o Uno vem de série com start&stop (sistema que desliga e religa o motor em paradas de semáforo, por exemplo). Opcionalmente, há assistente de partida em rampa (não deixa o carro voltar sozinho em subidas), item não disponível no Up!.

Os passageiros também dispõem de mais espaço no Volkswagen. Isso porque, embora seja mais curto (3,60 metros, ante os 3,82 m do Uno), o Up! tem maior distância entre os eixos. São 2,42 m, ante os 2,38 m do concorrente da Fiat.

O mesmo vale para o porta-malas: a área é equivalente nos dois carros, mas no Fiat o estepe forma um calombo, que o carpete não esconde. No Up!, há uma prateleira que permite organizar melhor as bagagens.


Up! é mais tecnológico. O novo motor 1.3 Firefly da Fiat representa uma grande evolução em relação ao antigo 1.4 Fire. Além do aumento de potência (de 88 cv para 109 cv, com etanol), há, entre os avanços, comando variável de válvulas e bloco feito de alumínio. Ainda assim o 1.0 da Volkswagen é mais moderno. Tem quatro válvulas por cilindro (duas no Uno), comando duplo (simples no Fiat), injeção direta (a queima de combustível é melhor), turbo e gera até 105 cv.

Além da mecânica mais avançada, o Up!, que é mais caro, traz de série itens que estão na lista de opcionais no Uno, como sistema de som mais avançado, controle de tração e terceiro apoio de cabeça no banco traseiro. Completo, o Fiat vai a R$ 53.930, mas seu som tem reprodução abafada e botões duros. No Up! há até navegador GPS – vendido como acessório.


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Jornal do Carro
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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.