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Um belo Karmann-Ghia conversível
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Carro do leitor

Um belo Karmann-Ghia conversível

O exemplar 1969 das fotos desta reportagem é exatamente do jeito que o colecionador Cláudio Celiberti aprecia. Dentro do capô, uma chapa traz o número 119, confirmando a autenticidade de produção do esportivo de dois lugares da VW

23 de abr, 2011 · 4 minutos de leitura.

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 Um belo Karmann-Ghia conversível

Leandro Alvares

A sorte de encontrar uma raridade à venda em um anúncio de jornal, há 14 anos, foi bem aproveitada pelo comerciante Cláudio Celiberti, de 66 anos, que desde a infância sonhou com um Volkswagen Karmann-Ghia conversível. “E tinha de ser um original, um dos 177 que foram produzidos no País. Nada de réplica”, conta.

O exemplar 1969 das fotos desta reportagem é exatamente do jeito que o colecionador aprecia. Dentro do capô, uma chapa traz o número 119, confirmando a autenticidade de produção do esportivo de dois lugares.

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“Ele pertencia ao médico Paulo Cesar Sandler, autor de livros sobre clássicos nacionais. Por acaso, abri a seção de classificados do jornal e vi o anúncio do Karmann. Fui logo ao encontro do carro, me apaixonei e o comprei”, lembra o comerciante. Segundo ele, o modelo custou R$ 20 mil. “Um valor salgado para um antigo em 1997.”

Mas esse preço foi justo, segundo Celiberti. “Não precisei fazer absolutamente nada no carro. Ele parecia zero-km, do jeito que eu sempre sonhei desde que era garoto”, acrescenta.


Equipado com motor traseiro boxer de 1.600 cm³, o Karmann-Ghia tem apetite para acelerar forte até os dias atuais, de acordo com o seu proprietário. “Mas o que mais me encanta nele é o visual, com linhas bastante modernas para a sua época.”

No interior, destaque para o ótimo estado de conservação de todos os componentes e acessórios, como o rádio com toca-fitas – que funciona perfeitamente – e os emblemas do modelo. “Também está intacta a trava de segurança de câmbio de quatro velocidades, que impede o engate das marchas e é acionada por meio de chave”, ressalta Celiberti.


Quanto à rotina do Karmann-Ghia, o comerciante diz que é destinada a passeios de fim de semana e encontro de antigos. “Abro a capota de tecido e desfilo com o conversível pelas ruas. Como sou chato com os meus carros, só deixo o meu filho, que também adora clássicos, dirigi-lo… Às vezes.”

Propostas para vendê-lo surgem aos montes. “Mas esse foi o primeiro carro de minha coleção. Posso vender todos os outros, mas o Karmann jamais.”


FOTOS: PAULO LIEBERT/AE

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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.