GUILHERME WALTENBERG
O Ford Galaxie acaba de completar 45 anos de Brasil, onde começou a ser feito em 16 de fevereiro de 1967. Pouco depois, em 1971, chegava o Landau, versão mais luxuosa do sedã. Além de ter muito conforto e requinte, o modelo inovou em 1980 ao trazer o primeiro motor V8 movido a etanol do País. Entre os remanescentes da série pioneira está o carro do economista Marcelo Nogueira Borges.
Ele conta que ganhou o carro de presente da esposa quando fez 40 anos. “Sou apaixonado por veículos antigos e ela encontrou este, que estava em perfeito estado.” Borges afirma que a única alteração feita no Ford foi nos bancos, que eram de tecido e ganharam revestimento de couro. “O restante é original”, conta.
Em números, o Landau impressiona. São 5,41 metros de comprimento, 3 metros de entre-eixos, 1780 quilos de peso, motor de 5 litros de cerca de 200 cv de potência e quase 40 mkgf de torque. O câmbio é automático de três marchas, com alavanca na coluna de direção, e a tração é no eixo traseiro.
De acordo com Borges, em uso predominantemente urbano o “vê-oitão” faz 3km/l de etanol. Para saciar tamanha sede, o tanque tem capacidade para 107 litros de combustível.
Apesar de ter mais de 30 anos e estar praticamente original, o sedã ainda não recebeu as placas pretas. O economista diz que lhe falta tempo. “No ano passado o carro chegou a ser reprovado na inspeção veicular. Mas agora a placa preta virou uma meta”, afirma.
Até então, o sedã saía às ruas semanalmente. “Eu o usava nos dias em que o outro carro não rodava por causa do rodízio municipal. Agora, ele só sai para passeios nos fins de semana.”
História
Último dos Galaxie fabricado aqui, o Landau deixou de ser produzido em 2 de abril de 1983. E deixou muitos fãs.