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Novato March vence Palio
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Novato March vence Palio

Itens de série e dirigibilidade. Foram esses os fatores que determinaram a vitória do Nissan sobre o Fiat. Os dois hatches compactos foram lançados no fim do ano passado. O primeiro, inédito, vem do México. O outro apenas mudou de geração

15 de fev, 2012 · 6 minutos de leitura.

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 Novato March vence Palio

RAFAELA BORGES

Itens de série e dirigibilidade. Foram esses os fatores que determinaram a vitória do Nissan March 1.6 SV sobre o Fiat Palio 1.6 Essence. Os dois hatches compactos foram lançados no fim do ano passado. O primeiro, inédito, vem do México. O outro mudou de geração pela primeira vez desde o seu lançamento no Brasil, em 1996.

O March parte de R$ 37.900 na versão SV, intermediária com motor 1.6 e avaliada pelo JC. Menos equipada, a opção S tem tabela a partir de R$ 35.890. O Palio Essence 1.6 é mais caro – começa em R$ 38.350 – e para equiparar-se ao Nissan no nível de equipamentos passa a R$ 42.500.

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Embora o motor de 16 válvulas do Palio seja mais potente que o do March, com até 117 cv, ante 111 cv (também 16V), os comportamentos se equivalem.

O Nissan é mais leve e tem câmbio com diferencial curto, fatores que contribuem para suas ótimas retomadas de velocidade.


Nesta nova geração, o Palio está mais à mão do motorista, com suspensão menos molenga que antes. Mas a dirigibilidade do March é superior graças à direção elétrica, que vai ficando mais pesada à medida que a velocidade aumenta.

Na posição de guiar, os dois pecam. Os ajustes do encosto do banco por alavanca são mal localizados em ambos e dificultam a tarefa de encontrar a posição ideal de guiar. Os volantes são ajustáveis somente em altura (item de série). Já no revestimento acústico o modelo da Fiat é melhor que o rival.


Peças do Fiat são mais caras
Diante do March, o Palio fica em desvantagem na hora da manutenção. A maioria de suas peças de reposição custa o dobro das do Nissan, conforme pesquisa feita pelo InformEstado. Já o seguro do Fiat é um pouco mais em conta.

O Nissan é 9 centímetros menor que o concorrente, mas os espaços internos se equivalem. Ambos são apertados e ideais para transportar, no banco traseiro, dois adultos com estatura média, no máximo.


O Fiat leva vantagem de 15 litros no volume do porta-malas. Mas abrir a tampa do compartimento é difícil, já que não há alavancas nem relevos na carroceria para ajudar a impulsionar o componente para cima.

Internamente, o acabamento do Palio é melhor, embora alguns detalhes do revestimento sejam “polêmicos” e um tanto exagerados – devem agradar mais os clientes jovens. O March rebate com a lista de equipamentos de série: em comum com o Fiat há direção assistida (hidráulica no hatch mineiro e elétrica no modelo mexicano), ar-condicionado, travas e vidros dianteiros elétricos, computador de bordo e banco do motorista com ajuste de altura.


Só o Nissan traz rodas de liga leve, air bags frontais para motorista e passageiro e vidros traseiros elétricos. No Palio, esses itens são opcionais.

Por falar em lista de extras, nisso o Palio se destaca. O único opcional do March é a pintura metálica (R$ 720). O Fiat vai melhor no quesito segurança ao oferecer ABS (R$ 1.750, em pacote) e air bags laterais (R$ 1.421). O Nissan não traz esses dispositivos.

No March, de série há rádio com tocas CDs e MP3 e entrada auxiliar. No Palio opta-se por um sistema de som semelhante ou um multimídia, com entrada para diversos tocadores digitais.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.