Rafaela Borges
Depois de diversos especialistas em finanças, a General Motors escolheu uma engenheira mecânica para comandar sua operação brasileira. “Não foi acidental. Nosso foco agora é na execução da renovação de nossa linha”, diz Denise Johnson, nova presidente da GM do Brasil.
Casada, mãe de três filhas, Denise trabalha na GM há 21 anos e está no Brasil há pouco mais de um mês. Nesse período, já visitou as fábricas de Gravataí (RS) e São José dos Campos (SP), além de São Caetano do Sul (SP), sede das operações da fabricante.
Depois de um longo período de prejuízos, a GM do Brasil voltou a apresentar lucro durante a gestão de Ray Young (2004 a 2007). O canadense foi substituído por Jaime Ardila, também especialista em finanças e agora presidente da GM América do Sul.
Com as finanças em ordem, a subsidiária nacional agora investirá na renovação de toda a sua linha. Com investimento de R$ 5 bilhão de 2008 a 2012, serão diversos lançamentos, entre reestilização e produtos inéditos.
De acordo com Johnson, o Brasil é um mercado específico. Por isso, haverá produtos exclusivos para o País (grande parte produzida sobre plataformas mundiais), modelos importados e alguns globais.
Um dos produtos globais da GM a ser feito no Brasil é o sedã médio Cruze, que deve chegar no ano que vem para substituir o Vectra. Já o projeto Onix, que resultará em dois modelos em 2012, é específico para o País.
Em 2012, a GM também inaugura sua nova fábrica, em Joinville (SC). Os motores que serão feitos na unidade industrial equiparão os modelos do projeto Onix (sucessores de Vectra e Prisma).
Além da renovação da linha, Denise focará sua gestão no centro de desenvolvimento de produtos em São Caetano. Lá, está sendo desenvolvida a sucessora da S10, um produto mundial. O lançamento deve ocorrer entre o fim do ano que vem e o início de 2012.