Você está lendo...
Saiba como se mede a potência de um motor
SUMMIT MOBILIDADE: Clique e garanta o seu ingresso promocional Saiba Mais
Tecnologia

Saiba como se mede a potência de um motor

A ferramenta usada para calcular a potência de um motor é o dinamômetro. Há o de rolo, no qual o veículo "roda" e a medição é feita nas rodas motrizes, e o de bancada, em que o motor é instalado e a medição, feita isoladamente

12 de set, 2010 · 3 minutos de leitura.

Publicidade

 Saiba como se mede a potência de um motor
No dinamômetro de rolo, medição da potência é nas rodas motrizes (Foto: Cláudio Teixeira/AE)

No dinamômetro de rolo, medição da potência é nas rodas motrizes (Foto: Cláudio Teixeira/AE)

Como se mede a potência de um motor? Qual é a origem do termo cavalo-vapor? Por que há diferença entre hp e cv? JOÃO GASPAR, CAPITAL

A ferramenta usada para calcular a potência de um motor é o dinamômetro. Há o de rolo, no qual o veículo “roda” e a medição é feita nas rodas motrizes, e o de bancada, em que o motor é instalado e a medição, feita isoladamente.

O nome cavalo-vapor, utilizado no sistema métrico para indicar potência, teve origem na década de 1790, na Inglaterra. Foi quando surgiram os motores a vapor.

Publicidade


James Watt, a quem é creditada a invenção, foi quem definiu que 1 cavalo-vapor seria a potência para elevar uma massa de 75 kg a uma altura de 1 metro em 1 segundo, ilustrando sua ideia com um cavalo realizando a tarefa.

O nome em inglês é horsepower (hp), força de cavalo, que aqui se vê como cavalos de força. Em francês é cheval-vapeur (cv), de onde veio a expressão para o português. A diferença entre hp e cv existe por causa de uma aproximação da definição de Watt.

É que 33.000 lbf-pé (libra-força.pé) por minuto, ou 1 hp, equivalem a 550 lbf.pé por segundo e estes correspondem a 76,04 m.kgf por segundo no sistema métrico. Quando esse valor foi arredondado para 75 m.kgf por segundo para definir 1 cv, surgiu a diferença de 1,39%. 76,04 / 75 = 1,0139. A potência em cv é sempre maior que em hp.


Você tem alguma dúvida técnica? Envie a pergunta com seus dados para o JC: e-mail: jcarro.jt@grupoestado.com.br ou telefone: 3856-2233

Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.