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Michel Escanhola
Uma das estrelas do Salão de Los Angeles, que terminou ontem, foi Range Rover Evoque quatro-portas. O menor utilitário da linha esteve também no Salão de São Paulo, em outubro, com duas portas. Na ocasião, o diretor mundial de Design da Land Rover, Gerry McGovern, veio apresentar o modelo que marca uma fase mais sustentável na fabricante inglesa de jipões.
McGovern, que faz parte hoje do conselho da Land Rover, ingressou na indústria automobilística em 1978, na Chrysler. Depois passou pela Peugeot e, em 1982, entrou no Grupo Rover, então dono da fabricante inglesa, na qual atua desde então. Confira a entrevista com o designer.
Qual foi sua inspiração para desenvolver o visual do Range Rover Evoque?
Queríamos nos aproximar daquilo que os clientes desejavam, o que está por vir em termos de design. O mundo está mudando e, quando desenvolvemos o Evoque, o objetivo foi deixar isso evidente em suas linhas.
O que era prioridade nesse processo de desenvolvimento?
Nos orientamos por alguns pilares como a funcionalidade e a sustentabilidade, que vêm se tornando cada vez mais importantes. Como a Land Rover faz carros grandes, priorizamos a utilização de materiais mais leves, como o alumínio, por exemplo.
O modelo definitivo quase não mudou em relação ao conceito LRX. Isso é bom ou ruim?
De fato, visualmente apenas alguns detalhes mudaram, como as linhas que definem os para-choques, além de escapamento e maçanetas. Isso significa que o resultado a que chegamos com o protótipo era muito próximo daquele que pretendíamos.
Quem serão os clientes do novo veículo?
Nosso Range Rover Evoque deve atrair muito a mulheres. Não que ele seja um carro de mulher, ou tenha linhas femininas. Homens também o comprarão, mas a maioria deve ser as mulheres, pois o Evoque oferece o mesmo padrão de luxo e tecnologia que os demais Range Rover, porém é menor e mais ágil.
Por que a versão de duas portas foi lançada primeiro?
Porque ela tem um apelo maior de imagem, com visual jovial.
Podemos esperar outras versões ou mesmo mais veículos baseados no Evoque?
O Evoque representa uma nova geração para a Range Rover. É possível que suas linhas influenciem outros modelos.
O Evoque é o menor Range Rover feito na história. Isso significa que a marca terá veículos cada vez menores?
Não. O que pode acontecer é um reposicionamento de modelos, em que não necessariamente a carroceria seja menor, e sim os motores, os níveis de emissões de poluentes e o consumo de combustível. O Evoque deixa claro o foco da marca em eficiência, sem abrir mão do desempenho.
Quais serão os rivais do carro?
Isso vai variar de acordo com o mercado, mas no geral serão Audi Q5 e BMW X1.Porém, modelos de outras categorias também entrarão nessa briga.
O que o senhor acha dos carros híbridos?
Vamos usar essa tecnologia quando conseguirmos combinar as características de desempenho e dinâmica de nossos carros a um sistema economicamente viável.