Com o fim da redução do IPI para carros flexíveis novos em 31 de março, as montadoras reajustarem suas tabelas. A alta também chegou aos preços dos usados, mas, nesse caso, o repasse não acompanhou o aumento dos novos.
Desde 1º de abril, veículos com motor 1.0 flexível passaram a recolher 7% (durante a vigência do benefício, pagavam 3%). Para os acima de 1 e até 2 litros a taxa voltou a 11% – eram 7,5%.
Para o consultor José Eduardo Favaretto, a diferença entre novos e usados tem lógica. “Muita gente antecipou a troca do carro, o que fez aumentar os estoques de usados, que entraram como parte de pagamento. Além disso, o crédito para compra do zero-km é mais fácil e barato. Pode ser que os valores subam até o fim do ano. Mas não será nada muito diferente do ritmo atual”.
José Gioia Neto, gerente da Ford Sonnervig (2971-7187), na Vila Guilherme, zona norte, afirma que as lojas estão pagando mais pelos usados, mas os preços são inferiores aos do período anterior à primeira redução do IPI, no fim de 2008. “E não vão voltar ao que eram, assim como os dos zero-km.”
Há quem discorde, como o gerente da Chevrolet Nova Tatuapé (2090-9000), na zona leste, Paulo Teixeira da Silva. Ele diz que os reajustes têm ocorrido na mesma proporção. “As vendas estão aquecidas e casos em que os preços não acompanharam são pontuais.”