
Picape Toyota Hilux foi campeã de vendas entre os usados, segundo lojistas da Capital. Foto: André Lessa/ae
Michel Escanhola
A Amarok, primeira picape média da Volkswagen, chegou às lojas há poucas semanas em versão única, com motor diesel, cabine dupla e câmbio manual. Na hora da revenda, essa restrição de configuração pode ser um problema. Embora as concorrentes do novo modelo tenham boa aceitação com esse tipo de carroceria e propulsor, o mercado de usados é mais restrito quando não há transmissão automática.
“Como é raro alguém comprar uma picape de quase R$ 100 mil para o trabalho, os clientes desses modelos, geralmente homens, dão preferência ao câmbio automático, por causa do conforto”, analisa Joelson Egídio Fevereiro, vendedor da Trans-AM Faraj (2239-8899), no Mandaqui, zona norte.
Danilo Silva, da Best Car (5051-5571), em Moema, zona sul, diz que a versão automática não para na loja. “A única que tenho está vendida, esperando apenas a documentação ficar pronta. Não ficou 15 dias no estoque”, afirma o vendedor, referindo-se a uma Frontier LE 2008 anunciada por R$ 84.990.
E se a picape Nissan é boa de revenda, a Mitsubishi L200 Triton tem público cativo. “Em duas semanas vendi três unidades. A Triton fica no meio das três: vende mais que a Nissan, mas não chega nem perto da Toyota Hilux”, diz José Antônio, da Sonicar (2216-4600), na Vila Prudente, zona leste.
“As versões automáticas custam R$ 5 mil a mais, em média. Mas com a Hilux não tem tempo ruim, o pessoal compra pela marca”, diz Carlos Martins, dono da JB Automóveis (3923-5972), na zona norte.