![](https://fotos.jornaldocarro.estadao.com.br/wp/jornal-do-carro/files/2013/02/G1.jpg)
Belisa Frangione
Branco chegou à vida da estilista Ana Paula Cardillo durante os preparativos para sua festa de 15 anos. O amor à primeira vista rendeu uma tatuagem (no antebraço), prática comum entre os apaixonados. “Sempre que há algum problema com ele, eu faço um carinho e pergunto o que está acontecendo”, ela conta. Branco não é seu marido, tampouco seu namorado. Ele tem quatro rodas e motor V8. Trata-se de um Galaxie 500 ano 1967.
(Confira a fan page do Jornal do Carro no Facebook: https://www.facebook.com/JornaldoCarro)
Assim que completou 18 anos e tirou a habilitação, Ana Paula passou a usar o Ford, que pertencia a seu pai, como carro do dia a dia. É com o sedã que ela vai ao supermercado, à academia de ginástica e a eventos de veículos antigos. Até viaja com o clássico, embora ele já a tenha deixado na mão algumas vezes. “O motor nunca recebeu modificações. Até por isso o carro já está pedindo socorro”, brinca.
Quando foi comprado, o Galaxie estava em bom estado, mas precisou passar por um banho de tinta para recuperar a cor. As antigas rodas foram substituídas por outras estilo “Hot Rod”.
Os cerca de 5,30 metros de comprimento e 3 metros de entre-eixos não são obstáculos para Ana Paula, que tem pouco mais de 1,60 metro de altura. “É fácil de manobrar e estacionar”, diz. Ela conta que trocar as três marchas do câmbio automático, cuja alavanca fica na coluna de direção, não é problema. “Já me acostumei. Dificuldade eu tenho é com carros novos.”
O Ford foi comprado em 1999 por cerca de R$ 12 mil. Ela afirma que seu pai recebeu várias propostas para vendê-lo – uma delas no valor de R$ 80 mil -, mas a estilista o convenceu a recusar todas. “O que eu puder fazer para manter esse carro eternamente, farei.”
Ana Paula tem planos para o futuro, todos incluindo Branco. “Cheguei com ele à minha festa de debutante e também quero utilizá-lo em meu casamento.”
História. O Galaxie 500 foi lançado no Brasil pela Ford em 1967. Sua apresentação ocorreu um ano antes, durante o Salão do Automóvel de São Paulo.
O sedã foi sendo atualizado e recebeu itens como ar-condicionado e volante de quatro raios em 1978. Sua produção foi encerrada no ano seguinte.