DIEGO ORTIZ
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O rádio toca Simple Man. Começam os primeiros acordes e a busca pela melhor posição de pilotagem segue o mesmo ritmo fluido da música da banda norte-americana Lynyrd Skynyrd. Começa a aceleração e o vocalista Johnny Van Zant solta a voz no mesmo instante que o novo A1 Sport chega a 100 km/h. O Audi leva somente 6,9 segundos para ir de 0 a 100 km/h impulsionado por um motor de apenas 1,4 litro. Esse é apenas um dos motivos que fizeram o alemão, tabelado a R$ 109.900, superar, pela ordem, o inglês Mini Cooper S, a R$ 128.750, e o francês Citroën DS3, a R$ 79.900.
Além da carroceria duas-portas, em comum esse trio tem motores apimentados – todos são a gasolina e vêm com turbo. O 1.4 do Audi gera 185 cv e 25,5 mkgf, enquanto os 1.6 de Cooper S e DS3 produzem 186 cv e 24,5 mkgf e 165 cv e 24,5 mkgf, respectivamente.
O segredo do propulsor Audi, que tem a menor capacidade volumétrica dos três é que, além do turbo, há compressor mecânico, que entra nas marchas baixas e amplia a oferta de torque. O câmbio automatizado de dupla embreagem e sete velocidades é outra virtude do A1. O do Cooper S é automático de seis marchas e o do DS3, manual de seis.
Mas não é só a boa capacidade de aceleração que determinou a classificação neste embate. Foram consideradas variáveis como conforto, espaço interno e dirigibilidade, entre outras.
Os três modelos penalizam quem viaja atrás. Com 2,47 metros, a distância entre os eixos do Audi e do Mini é apenas 1 cm maior que a do Citroën. O Cooper leva vantagem por ter as portas maiores. O ponto negativo é que seu porta-malas acabou sendo sacrificado.
Mas entrar e sair do banco de trás dos três requer a mesma mão de obra. Dois viajam encaixados no assento, sem aperto, mas também sem folga. Um terceiro ocupante? Nem pensar.
Também não dá para se empolgar só com o desempenho na hora de pegar a estrada. A não ser que seja uma viagem tomada pelo desapego. Os três têm porta-malas muito pequenos. São 160 litros no do Cooper S, ante 270 no do A1 e 280 no do DS3.
Todos agradam as retinas, com ligeira vantagem para Mini e Citroën, nesta ordem. Chamados de “carros de imagem”, devem agradar quem tem sangue de alta octanagem nas veias.