GUILHERME WALTENBERG
Se ao longo do ano é imprescindível cuidar do sistema de arrefecimento do veículo, no verão a cautela deve ser ampliada. Responsável por manter a temperatura do motor na faixa ideal de funcionamento, o conjunto tem manutenção simples e barata, a partir dos R$ 120 na capital.
Em caso de falhas o motor pode até fundir. Composto por válvula termostática, mangueiras, sensor de temperatura, ventoinha, reservatório de água e radiador, deve ser checado uma vez por ano ou a cada 30 mil km.
“Na revisão verificam-se a pressão interna do sistema e se há vazamentos”, diz o analista técnico do Centro de Experimentação e Segurança Viária (CESVI), Gerson Burin. “É feita também limpeza e a reposição do líquido de arrefecimento.”
Com o líquido, a atenção deve ser redobrada. É preciso checá-lo semanalmente e completar o nível quando necessário. “Sempre com o motor frio. Caso contrário o choque térmico pode trincar o cabeçote”, diz Burin.
Segundo o diretor da Associação dos Engenheiros Automotivos (AEA), Sérgio Viscardi, é preciso seguir as indicações da fabricante com relação a mistura de água e aditivo. “É cerca de metade cada um, mas cada carro tem uma exigência.”
Esse fluído é o etilenoglicol, composto que diminui o ponto de congelamento, aumenta o de ebulição e evita oxidação. “A água deve ser destilada ou desionizada”, explica Viscardi.
A revisão do sistema parte de R$ 120 na Chevy (3875-7099), na oeste, e inclui lavagem e troca do fluido. Na Auto Mecânica Scopino (3955-2086), na zona norte, o preço é de R$ 200 com troca da válvula termostática, sensor de temperatura e fluido.
O superaquecimento do sistema pode comprometer seriamente várias peças do motor. Se o marcador de temperatura no painel atingir a faixa vermelha, a recomendação é parar o carro na hora. Se o propulsor fundir, será preciso fazer a retífica, serviço que pode passar de R$ 10 mil.