Michel Escanhola
Curitiba – Começa hoje, às 11 horas, em Curitiba, a primeira etapa da Audi DTCC. Serão 12 provas em seis etapas ao longo do ano. No grid estarão 15 hatches A3 preparados. Mais leves que os “de rua”, os carros trazem itens desenvolvidos exclusivamente para a competição de pilotos amadores, como as rodas de silício de 18”. O JC acelerou um dos A3 que corre hoje e constatou: menos é (muito) mais.
Guiamos o carro que Dennis Rolim, um dos organizadores da categoria, pilotará hoje. Montado sobre o A3 duas-portas, foi preparado e teve tudo o que é “excesso” retirado. O acabamento interno deu lugar a barras de ferro (santantônio). No lugar dos bancos normais, há apenas um, de competição, com cintos de segurança de cinco pontos.
As portas e o capô de alumínio foram substituídos por peças de plástico reforçado com fibra de vidro e os vidros das portas e vigia traseiro, por acetato transparente. Essas mudanças aparentemente simples resultaram na redução de 255 quilos (quase 20%) – agora o carro pesa 1.140 quilos.
Soma-se a isso a reprogramação da injeção (para manter o rendimento do motor em temperaturas altas) e as molas e amortecedores para competição.
O A3 “normal” pode acelerar de 0 a 100 km/h em 6,8 segundos. A estimativa é de que o hatch do DTCC seja até 1,5 segundo mais rápido. As informações são da fabricante.
Mais velocidade, mais barulho. Sem silenciador, o escape central faz o motor 2.0 turbo de 200 cv roncar forte – o câmbio é manual de seis marchas. “Nessa primeira etapa, a potência original dos carros será mantida, mas graças ao novo mapeamento eletrônico dá para acrescentar até 90 cv”, diz Rolim.
Não precisa. É pisar no acelerador e ver o carro devorar o asfalto. A suspensão, firme ao extremo, faz o A3 grudar no chão e pular em qualquer irregularidade da pista. Há, ainda, um enorme aerofólio, que ajuda a manter o Audi estável. O volante, bem menor do que o original, deixa o hatch mais esportivo.
No painel há várias informações, como a temperatura do motor. Câmbio e o pedal da embreagem continuam do jeito que saem de fábrica e, por serem “dóceis”, destoam do restante do carro, que ficou bem mais arisco que o original.
Viagem feita a convite da Audi