Rafaela Borges
O irmão mais velho, Aircross, veio para encarar o utilitário Ford EcoSport. O novo integrante da família, que chega nos próximos dias, também quer competir em um segmento no qual a Citroën não tinha representante, o de monovolumes. Como o primogênito, o C3 Picasso é hatch. Mas tem características de sobra para brigar com Honda Fit, Nissan Livina, Kia Soul, Fiat Idea e Chevrolet Meriva, entre outros familiares.
A partir de R$ 47.990, o Citroën oferece amplo espaço na cabine e no porta-malas, além de bom desempenho. Ante o Aircross, o novato perdeu o traje aventureiro e ficou, em média (dependendo da versão), 45 kg mais leve. A suspensão está 3 centímetros mais baixa e, no total, a altura foi reduzida em 6,3 centímetros.
Os pneus, além da largura inferior, são de uso urbano – os do Aircross são para uso misto. Nos primeiros minutos rodando com o C3 Picasso, dá para notar que ele é mais equilibrado e ágil que o irmão aventureiro.
Os ocupantes não ficam tão suscetíveis aos impactos com o piso. Da suspensão, molas e amortecedores foram trocados para privilegiar o conforto, de acordo com a Citroën.
Ao ganhar velocidade, outra boa notícia. Se no Aircross a carroceria balançava pouco para um carro com centro de gravidade alto, no novato essa sensação de firmeza é ainda maior.
Por ter peso inferior, o C3 ganhou agilidade, apesar de manter o motor 1.6 16V flexível de 113 cv e o câmbio manual de cinco marchas – o automático de quatro é opcional nas versões GLX e Exclusive. O carro é esperto principalmente em retomadas de velocidade, algo importante em modelos urbanos.
A versão de entrada, GL, traz direção hidráulica, vidros dianteiros e travas elétricos. Na GLX, a partir de R$ 50.400, tem a mais rodas de liga leve, regulagem de altura do banco do motorista e som com entrada auxiliar. A GLX automática inclui freios ABS.
Na Exclusive há bancos de couro, som com entrada USB e sensor de estacionamento. Parte de R$ 57.400. Navegador GPS e air bags para o tórax são opcionais.