Você está lendo...
Avaliação: Audi R8 GT
Avaliação

Avaliação: Audi R8 GT

Feita em edição limitada a 333 unidades, o R8 GT vai de 0 a 100 km/h em menos de 4 segundos e é tabelado em R$ 1 milhão. Caro? Pois os três carros destinados ao Brasil já foram vendidos. Veja a avaliação do Audi de rua mais rápido da história

Redação

24 de ago, 2011 · 4 minutos de leitura.

Publicidade

 Avaliação: Audi R8 GT

TEXTO: TIÃO OLIVEIRA
FOTOS: AUDI/DIVULGAÇÃO

Gavião Peixoto (SP) – “Troca com 8 mil, troca com 8 mil”. Por causa do capacete e do ruído do ar passando pela carroceria, os gritos do piloto de testes André Nicastro, sentado no banco do carona, parecem sussurros dentro do R8 GT, que está a mais de 250 km/h na pista da Embraer. O enorme conta-giros do Audi marca 7.800 rpm e continua subindo, quando, ao chegar ao número mágico, um toque na aleta do volante faz o câmbio engatar a quinta marcha. Mais alguns segundos e, em sexta, chegamos ao fim da reta a 324,532 km/h.

Publicidade


A experiência serve para mostrar do que a versão ainda mais venenosa do Audi é capaz. Feita em edição limitada a 333 unidades, o R8 GT vai de 0 a 100 km/h em menos de 4 segundos e é tabelado em R$ 1 milhão. Caro? Pois os três carros destinados ao Brasil já foram vendidos.

Segundo o presidente da marca no País, Paulo Kakinoff, este é o Audi de rua mais rápido da história. Além de ter 35 cv a mais que o R8 “normal”, o GT é 100 quilos mais leve.


A preocupação com o peso foi levada ao extremo. Tanto que a explicação para o tom fosco da carroceria é que o verniz acrescentaria 1 quilo ao carro.

Outras providências para “emagrecer” o GT foram a utilização de muito alumínio e fibra de carbono. Até o para-brisa é mais fino que o do R8 V10.


O visual lembra o do modelo que participa da Le Mans Series. Aliás, o R8 GT é mais potente que o carro de corrida, cujo acerto do motor é feito para provas longas.

Atrás, chamam a atenção o aerofólio fixo feito, o para-choque redesenhado e as duas grandes saídas de escapamento.


As rodas, com desenho exclusivo, são de 19 polegadas. Atrás, os pneus são 305/30 ZR e, na frente, 235/35 ZR. O sistema de freios, com pinças vermelhas, inclui discos de cerâmica.

Como não dá para andar por aí a 300 km/h, o R8 GT tem soluções pensadas para o uso no dia a dia. É o caso, por exemplo, do revestimento de Alcântara (bancos e volante), do ar-condicionado automático, do navegador GPS e do som Bang & Olufsen.

Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”