Modelo pouco conhecido dos brasileiros, o Citroën Méhari está completando 45 anos de história. A escolha do nome do jipe, de visual quadradão e acabamento espartano, remete aos camelos, animais simples, mas resistentes, capazes de vencer as dificuldades dos desertos.
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Chama a atenção a semelhança com o DKW Candango, utilitário criado na Alemanha em 1954, que passou a ser produzido quatro anos depois no Brasil pela Vemag.
À época de seu lançamento, em 1968, o Méhari inovou por ter carroceria feita de plástico e cores vibrantes. Outros destaques são a capota de lona e o para-brisa do tipo safári, que “deita” sobre o capô.
A mecânica do Citroën é a mesma utilizada no 2CV. Inclui motor dois-cilindros a gasolina de 602 cm³ e 33 cv. O câmbio tem quatro marchas e havia versões com tração 4×2 e 4×4, que permite encarar terrenos com até 60° de inclinação.
Por ser barato, fácil de reparar e robusto, o Méhari atraiu a atenção do exército francês. Durante operações militares, o modelo chegou a ser lançado de aviões atado a paraquedas.
O Citroën marcou presença em ralis como o Dakar, no qual competiu em 1980, e como veículo de transporte da equipe médica da prova.
Até 1987, quando deixou de ser produzido, teve duas edições especiais, Beach e Azur, e somou cerca de 150 mil unidades comercializadas.