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Andamos no Nissan March
Avaliação

Andamos no Nissan March

O March, primeiro compacto da Nissan no Brasil, chega em um momento oportuno para a marca. Como é produzido no México, o hatch está fora do aumento do IPI para importados. A versão 1.0 de 74 cv partirá de R$ 27.790 e a 1.6 de R$ 35.890

24 de set, 2011 · 4 minutos de leitura.

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 Andamos no Nissan March

TEXTO: TIÃO OLIVEIRA
FOTOS: NISSAN/DIVULGAÇÃO

San Diego, EUA – O March, primeiro compacto oferecido pela Nissan no Brasil, chega em um momento oportuno para a marca. Como é produzido no México, o hatch ficará de fora do recente aumento do IPI para importados. As vendas começam na próxima semana, no caso da versão 1.0 de 74 cv, a R$ 27.790 (1.0). A 1.6 (até 111 cv) estreia em cerca de 20 dias com preço a partir de R$ 35.890.

Esses valores colocam o March na disputa direta com modelos nacionais como o VW Gol, líder de vendas do segmento há mais de duas décadas, Fiat Uno, Chevrolet Celta e Ford Fiesta (leia mais na próxima página). Além de tabela abaixo da dos rivais, o Nissan é mais equipado. Todas as versões têm dois air bags frontais, travas elétricas, ajuste de altura do banco do motorista e ar quente.

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O visual está mais bem resolvido que o dos “irmãos” Tiida e Livina. Se bem que isso não pode ser considerado uma grande vantagem – os outros é que são muito feios. Com 3,78 metros de comprimento, o March tem dimensões bem próximas às dos concorrentes. Ele é 1 cm mais curto que o Celta e 3 cm mais largo que o Gol. Quanto ao espaço interno, seu entre-eixos é 7 cm maior que o do Uno. Como nos rivais, um terceiro passageiro viajará apertado. O bagageiro tem capacidade para 265 litros.

De modo geral, o acabamento agrada. O quadro de instrumentos tem fácil leitura e acima do porta-luvas há um pequeno nicho aberto onde é possível levar objetos como óculos, por exemplo.


Os plásticos do painel, bem como o volante, têm textura agradável ao toque. Os materiais de revestimentos dos bancos são simples, mas aparentam ser de boa qualidade.

Passado o período de lançamento, a Nissan espera vender entre 4 mil e 5 mil unidades do novato por ano no mercado nacional. Com isso, pretende dobrar os números de emplacamentos e chegar ao fim de 2011 com cerca de 10 mil unidades mensais – incluindo as do Versa, que estreia em novembro.


Viagem feita a convite da Nissan


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”