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Andamos no Lancer Sportback Ralliart
Avaliação

Andamos no Lancer Sportback Ralliart

Ele lembra um hatch, mas a carroceria está mais para a de peruas. A Mitsubishi o chama de sportback, por causa do desempenho de entusiasmar qualquer família. Falamos da versão intermediária do Lancer, que chega com tabela de R$ 149.990

21 de out, 2011 · 4 minutos de leitura.

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 Andamos no Lancer Sportback Ralliart

LUÍS FELIPE FIGUEIREDO

Ele lembra um hatch, mas a carroceria de 4,58 metros de comprimento está mais para a de peruas. A Mitsubishi o chama de sportback, por causa do desempenho de entusiasmar qualquer família. Falamos da versão intermediária do Lancer, que chega com tabela de R$ 149.990. A linha, cuja versão de topo é o sedã Evolution X, terá uma opção de entrada em novembro. Por ora os carros são importados – algumas das configurações serão feitas em Goiás a partir de 2014.

Voltando ao carro avaliado, ele traz a assinatura Ralliart. É a primeira vez que a Mitsubishi vende aqui um modelo de sua divisão de preparação

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O Lancer Sportback Ralliart é uma versão mansa do bruto Evolution X. Sob o capô traz o mesmo motor 2.0 com turbo e resfriador do ar de admissão que desenvolve 250 cv a 6.000 rpm (45 cv a menos que o sedã) e 35 mkgf de torque máximo a 2.500 giros.

Essa força chega às rodas por meio da transmissão automatizada de seis marchas e dupla embreagem – também a mesma do três-volumes. A caixa tem opção normal ou esportiva, alterada por uma tecla ao lado da alavanca de câmbio. As trocas podem ser feitas manualmente, por aletas na coluna de direção.

A tração é 4×4, dividida entre os eixos sempre em 50%. O diferencial central tem três modos: asfalto, cascalho e neve, acionados por outra tecla.


Embora não pregue as costas dos ocupantes nos bancos em acelerações, esse Mitsubishi mostra várias qualidades. É muito equilibrado e estável em curvas. Nisso é ajudado pelo ótimo acerto das suspensões, independentes nas quatro rodas, que lhe permite usar pneus de perfil bem baixo 215/45 R18.

A posição de dirigir poderia ser melhor se houvesse ajuste de distância para a direção.


Bem equipado, o Lancer Sportbak Ralliart traz faróis bixenônio, sistema de som com tela sensível ao toque, nove air bags e auxílio para saída em rampa. De opcional há teto solar, a R$ 3.500.


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”