Você está lendo...
Ford cria equipe para achar o cheiro de “carro novo” perfeito
Notícias

Ford cria equipe para achar o cheiro de “carro novo” perfeito

Montadora realiza testes para desenvolver o odor mais adequado para cada região do mundo

Redação

03 de mai, 2017 · 3 minutos de leitura.

Publicidade

Crédito:Ford

Item muito desejado por quem acabou de chegar às concessionárias para comprar um veículo, o cheiro de “carro novo” ajuda a influenciar, mesmo de forma inconsciente, o consumidor na hora da compra. A Ford montou uma equipe nos seus laboratórios de desenvolvimento dedicada a testar os materiais usados na fabricação dos carros e tentar encontrar um odor mais adequado para cada região do planeta.

A diferença geográfica e cultural, de acordo com a montadora, pode fazer com que as pessoas não sintam um cheiro da mesma forma. O couro, por exemplo, é apreciado em muitos mercados, mas não faz sucesso com orientais.

Segundo Andy Pan, engenheiro líder do laboratório de odores da Ford na Ásia, “o olfato é o mais potente e sensível dos cinco sentidos humanos e um dos mais ligados à memória e emoção. Ele afeta 75% das nossas emoções diárias e pode influenciar nosso humor e bem-estar”. A equipe de Pan é composta por 18 profissionais, responsáveis por testar cerca de 300 materiais e componentes por ano. O critério para essas análises é relativamente simples: os materiais devem ter um cheiro perceptível, mas que não chegue a incomodar.

Publicidade


A avaliação do odor final é feita usando vasilhas de vidro e fornos. Para garantir que o cheiro será uniforme, independentemente das condições do ambiente, as amostras são submetidas a diferentes temperaturas, que variam entre 23°C e 80°C, em ambientes úmidos e secos.

Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”