O futuro pode chegar mais rápido do que se imagina – ao menos entre os carros elétricos. Segundo relatório da consultoria Benchmark Minerals, o custo para produzir uma bateria de íon-lítio, padrão usado pela indústria automotiva nos modelos elétricos, atingiu o valor mais baixo desde o início da produção em massa.
Com essa diminuição drástica de preços, a produção de baterias automotivas deve dobrar até 2021, e o veículo elétrico poderá se tornar mais barato que os equipados com motor de combustão interna já na próxima década.
De acordo com a consultoria, o custo atual para se produzir um kilowatt/hora de uma bateria automotiva é deUS$140 (cerca de R$ 457). Esse valor está em queda livre desde o início da década, quando era de US$ 542 (R$ 1.772).
Como cerca de 40% do valor de um carro elétrico vem de suas baterias, esses modelos deverão ficar mais competitivos nos próximos anos. “Estamos na era da semi-produção em massa”, explicou Simon Moores, dirigente da Benchmark, citando os recentes lançamentos do Tesla Model 3, Chevrolet Bolt e o Nissan LEAF, que contam com motores elétricos.
Na semana passada, a Daimler inaugurou na Alemanha uma fábrica de US$ 558 milhões (R$ 1.82 bilhão) voltada à produção em massa de peças de íon-lítio. Outras nove plantas semelhantes estão em construção na Ásia, e deverão movimentar mercados como Índia e China, que devem incentivar cada vez mais o uso de motores elétricos para resolver problemas de trânsito e poluição.