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AMG GT R é monstro ávido por acelerar
Avaliação

AMG GT R é monstro ávido por acelerar

Com motor V8 de 585 cv e 70 mkgf, superesportivo AMG GT R tem preço sugerido de R$ 1.199.900

Tião Oliveira

02 de jul, 2017 · 6 minutos de leitura.

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amg gt r velocidade máxima
AMG GT R
Crédito:Superesportivo atinge 318 km/h de velocidade máxima
amg gt r velocidade máxima

O Mercedes-AMG GTR é um exagero. Superesportivo alemão, tem motor 4.0 V8 biturbo de 585 cv e 70 mkgf, câmbio automatizado de sete velocidades, tração traseira, pode acelerar de 0 a 100 km/h em 3,6 segundos, vai a 318 km/h e está à venda no Brasil por R$ 1.199.900.

A cor de lançamento, Green Hell Magno, como a do carro avaliado em uma pista no interior paulista, remete a Nordschleife, trecho do autódromo de Nürburgring, apelidado pelo piloto inglês Jackie Stewart de “Inferno Verde”. Foi no circuito alemão que Niki Lauda quase perdeu a vida em 1976.

Não por acaso, nos corredores da AMG, que vem ganhando status de marca própria, o GT R é chamado de “a Besta do Inferno Verde”. Ao dar partida no vê-oitão, estampidos e um urro grave brotam do escapamento, dando a impressão que um monstro acaba de despertar.

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Isso é proposital. O escapamento é feito com tubos de aço com paredes finas e (para reduzir o peso) traz silenciador de titânio pelo qual os gases passam quando o carro está no modo Comfort. No Sport, Sport+ e Race (há ainda o individual, que pode ser personalizado ao gosto do motorista), o resultado da queima de gasolina é lançado por duas saídas antes desse abafador, produzindo o tal urro.

Os cinco modos de condução são ativados por um seletor no console central. Cada um deles altera as respostas de direção, mapeamento do acelerador e transmissão, além da rigidez da suspensão e por aí vai. Além disso, o controle de tração pode ser ajustado em nove níveis (de 100% de atuação a zero).

Primeiro deve-se ativar o modo Race e desligar o controle de estabilidade. Daí, é só girar um botão – para a direita há aumento da intervenção eletrônica, e para a esquerda, redução.


 

Forte. O V8 gera 74 cv e 5 mkgf (a partir das 1.900 rpm) a mais que o do GT S, do qual o GT R deriva. Isso é resultado da adoção de novos turbocompressores, cuja pressão subiu 2,4 psi (para 19,5 psi), além de melhorias nas câmaras de combustão, mapeamento eletrônico do acelerador e escapamento.


Um cardã de fibra de carbono (40% mais leve que o do GT S) envia o torque às rodas. O câmbio automatizado é rápido e muito preciso – há opção de trocas manuais por meio de aletas atrás do volante. Na prática, no modo automático o motorista não perderá nada em termos de prazer ao volante.

A direção é direta e, aliada às ótimas suspensões, cujos amortecedores têm ajuste eletrônico de carga (a viscosidade do óleo muda para deixar a resposta mais mole ou rígida), torna o carro estável mesmo em curvas fechadas contornadas em alta velocidade, como as da pista onde o carro foi avaliado.


 

Colabora para isso o eixo direcional, que altera automaticamente o ângulo das rodas de trás (19 polegadas – as dianteiras têm 20”) em até 1,5 grau, para, de acordo com a velocidade, facilitar as manobras ou melhorar a estabilidade. Na pista, deu para perceber claramente quando o sistema entrava em ação.

Lâminas de fibra de carbono na dianteira e traseira, sob o assoalho, direcionam o fluxo de ar para manter o carro grudado no chão. Conforme o modo de direção, elas ampliam o chamado efeito down force, em adição ao grande aerofólio traseiro.


No mais o GT R tem tudo que se espera de um carro dessa faixa de preço. Câmera na traseira, bancos (aquecidos) e volante com ajustes elétricos, indicador da pressão dos pneus, central multimídia e som da Burmester são alguns destaques da ampla lista de itens de série.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.