Você está lendo...
Aceleramos o Mercedes-AMG GT C, conversível com motor V8 de 557 cv
Avaliação

Aceleramos o Mercedes-AMG GT C, conversível com motor V8 de 557 cv

Mercedes-AMG GT C é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 3,7 segundos e no Brasil custa R$ 1.096.900

Rafaela Borges, de Bad Driburg, Alemanha

17 de set, 2017 · 5 minutos de leitura.

Publicidade

Mercedes-AMG GT C Roadster
Crédito:Capota do Mercedes-Benz AMG GT-C Roadster pode ser aberta ou fechada em 11 segundos, de acordo com a empresa. Foto: Mercedes-Benz

Como parte da celebração de seus 50 anos, a AMG, divisão de carros de alto desempenho da Mercedes-Benz, organizou um evento na Alemanha com toda a linha AMG-GT. Guiamos o GT C Roadster, que já está à venda no Brasil por R$ 1.096.900.

Assim como seus “irmãos” cupês, o GT C tem motor 4.0 V8 biturbo – nesse caso, de 557 cv de potência – e câmbio automatizado de sete marchas.

Embora seja repleto de referências às pistas, o roadster oferece suavidade para ser usado no dia a dia. Os bancos são do tipo concha e colados ao assoalho, mas trazem ajustes elétricos inclusive da altura do assento e do encosto de cabeça.

Publicidade


No acabamento, a Alcantara predomina nos revestimentos dos painéis, bancos e volante. Há também fibra de carbono em várias partes do carro, como no painel de instrumentos.

O quadro de instrumentos é analógico, com uma pequena tela digital configurável no centro (similar à dos demais carros da marca). É bem fácil de ler os dados e configurar o sistema – por meio de comandos no volante.

A tela da central multimídia fica sobre o painel e dá a impressão de ser um tablet mal adaptado. O sistema pode ser comandado por botão giratório ou por uma espécie de joystick com superfície sensível ao toque.


Há vários botões para acionar dispositivos como os controles eletrônicos de estabilidade e tração – que podem ser desligados. No caso dos modos de condução, é possível alterar as respostas de motor, câmbio e suspensão, por exemplo. As opções são confortável, esportiva, Sport+ (superesportiva) e “Race” (corrida), ideal para pistas.

Os três primeiros mantêm os sistemas eletrônicos de segurança ativados. A ressalva é que nas opções esportivas a suspensão fica bem dura, o que não chegou a ser problema durante a avaliação feita nas bem conservadas estradas alemãs.

Impressiona a estabilidade do AMG GT C. Arisco nas respostas do acelerador, o conversível parece capaz de fazer as curvas sozinho. A direção é rápida e milimetricamente precisa. O motor em posição central dianteira garante perfeita divisão de peso entre os eixos e forma excelente conjunto com o sistema de tração na traseira.


É bem difícil fazer o carro derrapar ou perder aderência. Se isso acontecer, os sistemas eletrônicos fazem as correções em uma fração de segundo.

Em qualquer modo de condução as acelerações são vigorosas – bastam 3,7 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h. No modo Race, que poderia ser chamado de “insano”, as respostas do AMG GT C são viscerais.

As trocas de marcha são acompanhadas de estampidos “secos” e o motor urra forte. Isso instiga os sentidos e aumenta o nível de adrenalina – é barulho de carro de corrida.


Nesse modo a suspensão fica dura a ponto de ser desconfortável. Além disso, a assistência eletrônica é drasticamente reduzida, o que torna a condução mais divertida (e perigosa).

Para abrir ou fechar o teto – a até 50 km/h – bastam 11 segundos. A lona foi escolhida por privilegiar o peso e dar ar retrô ao agressivo visual desse AMG.

VIAGEM FEITA A CONVITE DA MERCEDES-BENZ


Bônus: confira a galeria do comparativo feito no Brasil entre o AMG GT e o Audi R8:

Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.