Uma das alternativas mais procuradas por quem quer pagar menos no seguro do carro é o uso de rastreador. Várias empresas oferecem o serviço, que pode ser combinado com coberturas adicionais, como para colisão e furto. Mas é preciso pesquisar e fazer contas. Dependendo do perfil do cliente, o serviço pode custar mais que uma apólice convencional.
A Ituran, por exemplo, cobra a partir de R$ 49 mensais para cobertura com rastreador. A instalação custa R$ 299. Se o cliente quiser atrelar o rastreador a um seguro, a mensalidade sobe para R$ 69 iniciais. A empresa informa que leva em conta apenas o valor do carro para avaliar o risco – não considera aspectos como endereço, sexo ou idade do motorista, por exemplo.
Caso o veículo seja roubado e não localizado, a empresa garante pagar 100% da tabela Fipe ao segurado no caso de carros com preços até R$ 150 mil.
Prós e contras
A Ituran também oferece coberturas adicionais. Porém, o preço pode ficar equivalente ao dos seguros convencionais. Para ter direito a indenização por perda total, são R$ 50 por mês e o seguro para terceiros custa mais R$ 60 mensais.
Esse tipo de cobertura pode ser interessante para donos de veículos blindados, modificados, antigos (até 20 anos) e utilizados em serviços de aplicativos de transporte, como Uber e Cabify. Esses grupos são, muitas vezes, rejeitados pelas seguradoras tradicionais.
A CarSystem oferece o mesmo tipo de serviço, que parte de R$ 74 para carros – a instalação é grátis. O valor da mensalidade, no entanto, varia bastante.
Para um Fiat Argo Drive 1.3 novo, a proteção com seguro tem mensalidade de R$ 225. Isso dá R$ 2.700 por ano, valor que pode ser superior ao de um seguro convencional. Também é possível ter apólice de uma empresa e rastreador de outra.
“O rastreador pode diminuir o valor do seguro comum de 10% a 25%”, diz o CEO da CarSystem, José Melo. No entanto, sua instalação não garante desconto na apólice “normal” e nem mesmo a aceitação do risco.
“A seguradora pode sugerir o uso do equipamento para aceitar segurar algum veículo, mas há casos em que o rastreador não faz diferença”, explica o superintendente da Porto Seguro, Fábio Braga.