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Especial seguros: o be-a-bá do setor
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Especial seguros: o be-a-bá do setor

Entenda o que quer dizer cada termo dos mais comuns usados nas apólices de seguros

Redação

18 de out, 2017 · 5 minutos de leitura.

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Montagem: Dennis Fidalgo
Crédito:

Endosso, prêmio, terceiro e salvados são alguns dos termos utilizados pelos profissionais do setor de seguros e que regem a relação entre seguradora e segurado. Esses jargões estão em uma lista publicada pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda e responsável por fiscalizar o setor.

Listamos alguns dos vocábulos impressos nas apólices e nos contratos de seguro que, geralmente, são desconhecidos de boa parte dos consumidores. Confira abaixo:

APÓLICE
Documento em que constam os dados do contratante e do bem segurado, as condições da cobertura, os valores do prêmio e da indenização, entre outros.

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AVARIA PRÉVIA
Dano existente no veículo antes da contratação do seguro e que, portanto, não está coberto pela apólice.

AVISO DE SINISTRO
Comunicação de roubo, furto, acidente, etc. Deve ser feita pelo segurado à seguradora.

BÔNUS
Desconto ao qual o segurado tem direito na renovação da apólice quando não houver registro de sinistro durante a vigência do seguro anterior. Pode ser cumulativo.


COBERTURA
Valor máximo da indenização garantido pelo contrato de seguro. Por exemplo: em caso de danos a terceiros, o limite é de R$ 30 mil.

ENDOSSO
Documento emitido pela seguradora que especifica alterações de dados e/ou condições da apólice.

EVENTO
Sinistro durante a vigência da apólice, como incêndio ou furto, por exemplo. Pode ser ou não coberto pelo seguro.


FRANQUIA
Fração do valor da cobertura que deverá ser paga pelo próprio segurado em caso de sinistro. São dois os tipos: obrigatória, imposta pela seguradora, e facultativa. A segunda é solicitada pelo segurado normalmente para reduzir o valor do prêmio.

INDENIZAÇÃO
Valor pago pela seguradora ao segurado e previsto na apólice para compensar o prejuízo de um sinistro.

IMPORTÂNCIA SEGURADA
Valor do bem segurado e limite máximo de pagamento para indenizar um sinistro.


PRAZO OU VIGÊNCIA
Intervalo de tempo no qual vigora a proteção contratada.

PRÊMIO
É o “preço” do seguro, o valor que o segurado deve pagar à seguradora para ter direito à proteção do bem.

PRO RATA
Cálculo do valor do prêmio proporcional aos dias de vigência do contrato.


SALVADOS
Bem ou mesmo parte do bem resgatado de sinistro que ainda tenha valor comercial. No caso de um acidente com perda total do veículo, por exemplo, é a sucata.

SINISTRO
Evento que está coberto pelo seguro e obriga a seguradora a indenizar o segurado. Deve ser informado à empresa por meio de aviso de sinistro.

TERCEIRO
Qualquer pessoa, seja física ou jurídica, que não tenha parentesco em primeiro grau, dependência econômico-financeira ou mesmo vínculo empregatício com o titular do seguro. Terá direito a ser
indenizado por dano causado pelo titular e/ou seu veículo, desde que essa cobertura tenha sido contratada.


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”