Você está lendo...
Fórmula 1 considera adoção de tração nas quatro rodas
Notícias

Fórmula 1 considera adoção de tração nas quatro rodas

Tração 4x4 ajudaria a reduzir perda de energia, diz Mercedes-Benz

Redação

26 de out, 2017 · 3 minutos de leitura.

Publicidade

renault fórmula 1
Templo da Fórmula 1
Crédito:Gerson pilotou um modelo da Renault em Paul Ricard, na França (Fotos: Gerson Campos)
renault fórmula 1

Grandes nomes da Fórmula 1 discutirão regulamentações dos sistemas mecânicos dos carros semana que vem Paris. Um dos pontos chave do encontro é a possibilidade de implementação do uso de tração nas quatro rodas. O sistema não desviaria força do motor para as rodas da frente, como ocorre em outros 4×4.

Além da tração, seria colocado um sistema de recuperação de energia cinética no eixo dianteiro, extraindo força de frenagem para realimentar as rodas da frente. É algo similar ao que vem sendo utilizado no protótipo híbrido do Porsche 919. Isso permitiria melhor aderência, possibilitando que os engenheiros se livrem do complexo sistema de recuperação de calor do motor.

“Como podemos compensar a perda de 60% da energia elétrica que acontece atualmente? Há várias possibilidades. Motores frontais são uma delas”, disse o diretor executivo da Mercedes Toto Wolf, em entrevista à Autosport.

Publicidade


Outras equipes estão preocupadas com a competitividade que pode ser gerada pela medida: “É a mesma armadilha em que a F1 se meteu quando escolhemos esse motor”, disse o chefe da Haas, Gene Haas.

“Precisamos ter muito cuidado antes de dizermos ‘vamos colocar tração nas quadro rodas’, porque pode ser mais um caso em que uma equipe se dá muito bem e as outras se enrolam tentando chegar ao mesmo nível”, acrescentou Haas.

Não seria a primeira vez que veríamos um carro de Fórmula 1 com tração nas quatro rodas. Ferguson, BRM, Matra, Lotus e McLaren já experimentaram a ideia e até chegaram a usá-la. A tecnologia foi banida em 1982, mas pode retornar caso haja consenso sobre sua adoção.


Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”