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Willys CJ-3A 1951 faz a alegria de fã de jipes
Carro do leitor

Willys CJ-3A 1951 faz a alegria de fã de jipes

Neto de combatente da Segunda Guerra, Guilherme Jahara já desfilou com o Willys CJ-3A duas vezes na parada de 7 de Setembro

Thiago Lasco

30 de out, 2017 · 5 minutos de leitura.

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Willys CJ-3A
Willys CJ-3A
Crédito:Modelo é parecido com o M38A1 enviado à Segunda Guerra (Foto: Amanda Perobelli/Estadão)
Willys CJ-3A

Sambódromo do Anhembi, zona norte de São Paulo, 7 de setembro de 2015. Ocorre ali um dos desfiles que ocupam diversas capitais brasileiras em comemoração ao aniversário da Independência do Brasil. Diversos veículos militares, entre jipes e tanques de guerra, percorrem a avenida em pares, observados por uma multidão que lota as arquibancadas. Um desses veículos é o jipe Willys CJ-3A de 1951 pilotado pelo publicitário Guilherme Jahara.

Debutando na passarela, ele acena para o público, acompanhado por um veterano da Segunda Guerra Mundial, que viaja no banco do carona.

Assim que Jahara começa a acionar a estridente sirene do jipe, a multidão ao redor vai ao delírio. Colhendo os louros, ele liga e desliga o dispositivo várias vezes durante o trajeto, cumprido em menos de dez minutos. “Foi um barato”, resume o publicitário, que repetiu a dose no ano seguinte.

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A participação no desfile, a convite da Associação Paulista de Veículos Militares Antigos, coroou uma trajetória de veneração ao universo militar que ele começou a percorrer na infância. Tudo por influência do avô de Jahara, que foi praça do Exército brasileiro e lutou na Segunda Guerra Mundial.

“Ele sempre se emocionava com as lembranças. Isso fez com que eu começasse a gostar de história e de jipes militares, até comprar este carro”, ele explica. “Até guardei os uniformes que ele trouxe da Itália.”

A ideia de ter um jipe surgiu em 2011, quando o publicitário conheceu um rapaz que havia reformado um modelo de 1944. Mas a compra só ocorreu em 2013, depois que Jahara viu o CJ-3A rodando nas imediações do parque do Ibirapuera, com um aviso de “vende-se”. A capota aberta permitia ver que o dono estava ao volante devidamente fardado.


“Liguei para ele, negociei e comprei. Depois, ficamos amigos e até emprestei o jipe para ele desfilar no Anhembi, em um ano em que não pude comparecer à parada”, diz o publicitário.

 

 


SENSÍVEL

O Willys CJ-3A é um jipe civil parecido com o M38A1, que foi fabricado para uso na Segunda Guerra Mundial. Jahara preferia um modelo autenticamente militar, mas não conseguiu achar um em bom estado e não queria bancar uma restauração. “Este aqui tem 80% de originalidade e não precisei fazer nenhum reparo. Só reformei o estofado e instalei alguns acessórios militares.”

De 2013 para cá, o jipe rodou só 2 mil km, sempre em passeios curtos e cercado de cuidados. O dono diz que o carro é mais “sensível” do que aparenta ser. “O volante é meio solto e o câmbio, delicado. A 50 km/h, o jipe já está bem próximo do limite. Ele só sobe ladeiras em primeira marcha e bem devagar.”


O grande barato, de acordo com o publicitário, é rodar com calma e sem a capota, admirando a cidade. O filho caçula, de 4 anos, adora o jipe. “Quando ele viu o filme Carros, que tem um jipe da Segunda Guerra, perguntou: ‘É o seu carro, papai?’”.

Jahara já foi sondado por produtores querendo usar o Willys em filmes e comerciais. “Se a presença do meu jipe for pertinente, tudo bem, desde que não queiram metê-lo na lama”, diz o publicitário. “Meu carro é um senhor de idade, com peças muito antigas, e já sofre demais com os buracos de São Paulo.”

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Jornal do Carro
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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.