A Volkswagen vai lançar no Brasil duas versões eletrificadas do Golf no ano que vem. A marca informou que trará de uma só vez o Golf GTE (híbrido) e o e-Golf (elétrico). Os dois modelos fazem parte de uma ofensiva que a marca pretende imprimir no Brasil, em busca da retomada de liderança.
O Golf GTE é um híbrido plug-in, equipado com um motor 1.4 TSI (turbo de injeção direta) e um elétrico. Enquanto o motor turbo de quatro cilindros entrega 150 cavalos, o elétrico gera outros 102 cv. Juntos, produzem 204 cv de potência e 35,7 mkgf de torque. Com isso, o modelo consegue combinar agilidade e economia de combustível. O Golf GTE, que pode ser recarregado na tomada, tem transmisão automatizada de seis marchas e dupla embreagem.
Segundo a montadora, ele é capaz de percorrer até 50 km apenas no modo elétrico, e tem autonomia para cerca de 880 km. A aceleração de 0 a 100 km/h, feita em 7,6 segundos, é muita próxima à do esportivo GTI (7,2 s). E a máxima declarada pela fabricante é de 222 km/h.
e-Golf. Além do Golf GTE, híbrido, a Volkswagen vai importar também o modelo puramente elétrico, e-Golf. De acordo com a montadora alemã, as baterias de íon de lítio podem ser recarregadas tanto em estações de corrente contínua (DC) como alternada (AC). No primeiro caso, o veículo obtém 80% da carga em uma hora (em estação de 40 kW). Em tomada de corrente alternada de 7,2 kW, a recarga total demora “menos de seis horas”, informa a montadora.
O motor elétrico gera 100 kW (o equivalente a 135 cv), e o torque é de 29,6 mkgf. Segundo a Volkswagen, o e-Golf é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 9,6 segundos, e de alcançar 150 km/h.
Ofensiva. Os novos Golf são apenas parte dos lançamentos que a Volkswagen prepara para o Brasil. Durante a apresentação do Virtus (sedã derivado do Polo), na semana passada, o presidente da Volkswagen do Brasil, Pablo Di Si, informou que a montadora deve lançar 20 modelos no Brasil até 2020, dos quais 13 serão produzidos no País e na Argentina.
“Estamos renovando nossa linha aos poucos. Depois do Polo, o Virtus é um modelo crucial para que a Volkswagen volte à liderança no Brasil”, disse o presidente Pablo Di Si.
Além dos Golf importados, a montadora deve lançar no ano que vem a versão reestilizada do Golf nacional. O modelo deveria ter sido lançado este ano, mas as atenções da montadora estiveram voltadas para o Polo, e agora para o sedã Virtus.
Entre os lançamentos previstos para o País estão os utilitários-esportivos Tiguan (importado do México), T-Cross (a ser feito no Brasil) e Tharu, que em termos de tamanho deverá se posicionar entre os dois, e será feito na Argentina. A marca também deve montar no Brasil uma nova picape, maior que a Saveiro e menor que a Amarok, para concorrer com a Fiat Toro e Renault Oroch.