O ano de 2017 não foi o melhor para a indústria, mas mostrou melhora e retomada do mercado. Com isso, tivemos até algumas boas rivalidades automotivas. Veja as principais.
1. Fiat Argo x Volkswagen Polo
Foi a principal briga do fim do ano. Os dois hatches compactos não tiveram um ano cheio em vendas, mas ainda assim disputaram prêmios (o Argo foi eleito o Melhor do Ano pelo Jornal do Carro) e tiraram o protagonismo dos SUVs compactos.
Eles chegam com a mesma proposta e buscando o mesmo público. Porém, têm mais espaço que os compactos convencionais, como Chevrolet Onix e Hyundai HB20, mais tecnologia, base mais avançada e variadas opções de motores e câmbios. Isso aumenta a possibilidade de atender diferentes públicos.
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Como chegou antes, nessa rivalidade, o Argo levou a melhor em números. Até ontem (21), havia vendido 25.976 unidades, contra 6.787 do Polo, segundo dados da Fenabrave.
2. Segundo lugar no ranking: Fiat x Volkswagen
Se uma das rivalidades do ano foi a disputa entre dois novos lançamentos das marcas, aqui a disputa foi entre as próprias montadoras pela segunda posição na participação de mercado. A Fiat, que foi líder por anos perdeu a liderança para a Chevrolet.
A companhia tirou uma série de veículos de linha, como Punto, Idea, Palio, o que reduziu a participação de mercado. Porém, conseguiu manter o segundo lugar, onde deve terminar o ano.
Já a Volkswagen, lançou novos produtos e enxugou algumas linhas, como a Fox. Em novembro, com a chegada do Polo, conseguiu ficar com a vice-liderança de vendas.
Já era tarde. Vai mesmo terminar o ano em terceiro. Porém, promete uma briga ainda melhor com a Fiat pelo segundo lugar em 2018.
3. Hyundai HB20 x Ford Ka pela segunda posição
Depois de estar confortável na segunda posição no ano passado, atrás do Chevrolet Onix, em 2017 o Hyundai HB20 viu o Ford Ka voltar a reagir e em vários meses obter a vice-liderança.
No acumulado do ano, até novembro, o HB20 ainda tem vantagem razoável de quase 10 mil carros, que deve garantir a ele o segundo lugar no fechamento de 2017, mas, com a reestilização do Ka prevista para 2018, é bom não vacilar.
4. Hyundai Creta x Honda HR-V
Esqueça Nissan Kicks, ou mesmo o Jeep Renegade, que foi sensação à época de seu lançamento. A briga no segmento entre os SUVs compactos é travada por Honda HR-V e HyundaiCreta.
Inclusive, em novembro, o Creta conseguiu liderar o segmento pela primeira vez, com 4.164 unidades, contra 4.095 exemplares do HR-V. A diferença total (até novembro) era de 6.982 unidades a favor do HR-V (43.508 x 36.526).
5. Honda HR-V x Jeep Compass
O HR-V vem “nadando” com vantagem sobre o rival Creta entre os compactos, mas está tomando um banho de outro SUV, que lidera o segmento geral mesmo sendo de uma categoria acima, a dos médios, e com preço superior. O Jeep Compass surpreendeu e virou a sensação da categoria, com 44.068 emplacadas até o mês passado.
O Compass começa em R$ 107.990, que é praticamente o mesmo preço do HR-V de topo (R$ 107.900). E a versão mais vendida não é a de entrada, mas sim as intermediárias Longitude (R$ 115.990) e Limited (R$ 134.990).
6. Picapes: Chevrolet S10 x Toyota Hilux
Se em 2016 a Toyota Hilux fechou o ano reinando com considerável folga sobre a Chevrolet S10, em 2017 isso não vai ocorrer. No ano passado, foram 34.031 unidades da Hilux, contra 26.558 da S10.
Neste ano, a S10 já encostou e está bem mais próxima. Até novembro, a picape Toyota tinha 30.349 exemplares emplacados, contra 27.443 da S10 – são 2.906 unidades a menos.
7. Quarto lugar no ranking: Ford x Hyundai
Se a Fiat e a Volkswagen brigam para terminar o ano na segunda posição, Ford e Hyundai disputam “cabeça a cabeça” a quarta. As duas baseiam suas vendas e essa disputa de marcas em seus veículos de entrada, HB20 e Ka.
Até novembro, a Ford vinha na frente, com 9,53% do mercado total de automóveis e comerciais leves, enquanto a Hyundai, em quinto, tem 9,3%.
Confira os carros que humilharam a concorrência em 2017:
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Chevrolet Prisma
O sedã é um dos novos integrantes da lista de modelos que fizeram muito sucesso no ano, e deixaram pouco espaço para os concorrentes.
2/12
Chevrolet Prisma
O Prisma, de janeiro a novembro, teve 63.251 unidades vendidas. É quase a soma dos emplacamentos de segundo e terceiro colocados. Juntos, Voyage e HB20S registraram cerca de 67 mil exemplares comercializados.
3/12
Chevrolet Compass
Não há chances para os outros SUVs médios: pelo segundo ano seguido, o Compass vende quase a soma de todos os rivais juntos. Até agora, tem 44.068 exemplares emplacados. O segundo colocado, Hyundai ix35, somou 9.282 emplacamentos de janeiro a novembro.
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Jeep Compass
Além de humilhar a concorrência direta, o Compass se destacou por um outro mérito. Foi o SUV mais vendido do Brasil, superando todos os compactos (que são mais baratos).
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Fiat Toro
O segmento deve crescer bastante a partir do ano que vem, com a chegada de modelos da Volkswagen e Hyundai. Enquanto isso não acontece, a Toro vai "sorrindo à toa".
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Fiat Toro
Única rival direta da Toro por enquanto, a Oroch somou 9.914 emplacamentos de janeiro a novembro. As vendas da picape Fiat totalizaram 46.497 no mesmo período.
7/12
Toyota Hilux SW4
No segmento de SUVs grandes, não sobra espaço para quase nenhum modelo. O SW4 domina a categoria.
8/12
Toyota Hilux SW4
Até agora, em 2017, teve mais de 11 mil emplacamentos. O rival mais próximo é o Mitsubishi Pajero, somou cerca de 1.700 unidades vendidas no mesmo período.
9/12
Toyota Corolla
O segmento de sedãs médios está, aos poucos, perdendo seu espaço no Brasil. Essa regra, porém, não se aplica ao Corolla. Ele continua na lista dos dez mais vendidos do País - ocupa a sexta posição.
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Toyota Corolla
De janeiro a novembro, o Corolla teve 59.621 unidades vendidas, ante as 24.021 do Civic e as 17.592 do Cruze. Os demais sedãs médios somam menos de 10 mil emplacamentos.
11/12
Chevrolet Onix
Líder de vendas de 2017, o Onix é outro novo integrante do clube dos carros que humilham a concorrência. Nos últimos três meses, vendeu mais que a soma de Ka e HB20.
12/12
Chevrolet
Com isso, o Onix conseguiu também ultrapassar a soma de HB20 e Ka (segundo e terceiro colocados, respectivamente) no acumulado do ano. Ele teve 171.148 emplacamentos, ante os 96.769 do Hyundai e os 63.434 do Ford.
Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?
Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade
26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.
Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).
No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.
Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.
Centro de gravidade
Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.
Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento.
E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.
Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:
– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.
– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.
– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.
– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.
– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.