Uma das primeiras unidades do Bugatti Chiron vendidas no mundo irá a leilão em Paris. O modelo, entregue em abril desse ano, rodou menos de 1.000 quilômetros e é pintado na clássica combinação de tons de azul. A pintura é a mesma do primeiro Chiron de produção mostrado no Salão de Genebra de 2016.
A unidade ainda tem pinças de freio azuis, volante com fibra de carbono e interior de couro marrom com costuras contrastantes. Segundo a RM Sotheby’s, responsável pelo leilão, metade da quilometragem foi para testes antes da entrega, ainda nas mãos da Bugatti.
O Chiron usa o mesmo W16 de 8,0 litros e quatro turbos do antecessor Veyron. Mas o conjunto foi melhorado para entregar 1.500 cv, ante os 1.200 cv do Veyron mais potente. A velocidade máxima é limitada em 420 km/h, mas especula-se que o modelo seja capaz de ultrapassar os 450 km/h. A casa de leilões espera que o modelo seja vendido por até 3,6 milhões de euros, cerca de R$ 14 milhões em conversão direta.
Veja mais: Esportivos marcantes
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ESPORTIVOS CHEIOS DE HISTÓRIA
Um exemplo único de longevidade entre os esportivos, o Porsche 911 está em produção desde 1964. De lá para cá, manteve o motor traseiro - que, até 1998, era refrigerado a ar - e a essência inconfundível de sua silhueta, mesmo após sucessivas séries (gerações).
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FERRARI 250 GTO
Ela teve apenas 39 unidades produzidas, entre 1962 e 1964. Seu painel de instrumentos não trazia velocímetro (a peça central era o conta-giros). E, no entanto, a 250 GTO se consagrou como um dos modelos mais marcantes da história da Ferrari. Tanto é que um exemplar alcançou a cifra de US$ 52 milhões em um leilão em 2014, tornando-a o carro mais caro de todos os tempos.
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JAGUAR E-TYPE
Nascido do D-Type de corrida que venceu a 24 Horas de Le Mans por três anos seguidos, a partir de 1955, o E-Type foi um dos esportivos mais marcantes dos anos 1960. Acelerava de 0 a 100 km/h em menos de 7 segundos e chegava aos 241 km/h. Foi produzido entre 1961 e 1975.
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FORD GT40
O GT40 veio ao mundo em 1964, com uma missão clara: disputar a 24 Horas de Le Mans e terminar com o reinado da Ferrari. A Ford havia tentado comprar a escuderia italiana, mas Enzo Ferrari deu para trás de última hora, despertando a sede de vingança de Henry Ford II. Deu certo: o GT40 sagrou-se vencedor da prova quatro vezes seguidas, de 1966 a 1969. O carro usava motores V8 4.2, 4.7 e 7.0 e foi descontinuado em 1969 - uma segunda geração só seria apresentada em 2016.
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CHEVROLET CORVETTE
O esportivo é o modelo mais longevo da Chevrolet: está na ativa desde 1953. Já teve sete gerações, das quais a mais marcante foi a segunda, lançada em 1963. Foi nesse ano que nasceu o icônico cupê Sting Ray, com para-lamas elevados, linha de cintura saliente, vidro traseiro dividido e um motor V8 de 425 cv.
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MERCEDES-BENZ 300 SL
Um dos modelos mais icônicos da marca de Stuttgart, o cupê 300 SL foi consagrado pelo apelido Gullwing (Asa de Gaivota) que recebeu devido ao desenho de suas portas, que abriam para cima. Nasceu como modelo de corrida em 1952 e, dois anos depois, ganhou versão de rua, que ficou no mercado até 1963. Em 2009, o "espírito" do modelo reencarnou no SLS AMG, que também tinha portas com abertura semelhante.
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LAMBORGHINI MIURA SV
O sexto modelo produzido pela Lamborghini foi o responsável por fazer a marca italiana deslanchar no segmento dos superesportivos. Apresentado no Salão de Genebra de 1966, teve 764 carros fabricados até 1973. Pesando apenas 980 kg, era movido por um motor V12 com quatro carburadores, que gerava 350 cv e fazia o modelo alcançar os 280 km/h.
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BMW M1
A marca alemã teve muitas versões esportivas em sua gama, mas o M1 foi o modelo mais próximo de um esportivo propriamente dito. Fabricado entre 1978 e 1981, foi o único BMW equipado com motor central - de 3,5 litros e 277 cv. As belas linhas são assinadas pelo estúdio italiano Giugiaro.
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McLAREN F1
Construído entre 1993 e 1998, chegava a impressionantes 386 km/h, o que lhe rendeu o status de carro de rua mais rápido do mundo - condição que deteve até 2005, quando foi ultrapassado pelo Koenigsegg CCR (395 km/h) e pelo Bugatti Veyron (407 km/h). Usava um motor de fabricação BMW que gerava 636 cv.
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ALPINE A110
Fabricado entre 1961 e 1977 pela Alpine, antiga divisão de corrida da Renault, o A110 fez sua fama em ralis pela França, primeiro com motores de 95 cv, depois com um propulsor de 125 cv que o levava aos 210 km/h. No Brasil, foi fabricado pela Willys Overland, sob licença da Renault, com algumas adaptações locais – a começar pelo nome, Willys Interlagos, que fazia alusão ao principal autódromo do País. Por aqui, teve opções de 845, 904 e 998 cm³ e potência de 40 a 71 cv. Na versão mais potente, atingia 160 km/h. Uma nova geração ao A110 (ao fundo, na foto) foi lançada neste ano na Europa.