Os credores da Takata poderão votar no plano da empresa que trata dos direitos das vítimas de air bags defeituosos. Esta foi a determinação do juiz responsável pelo caso de falência da companhia, cujos produtos irregulares resultaram em ao menos 180 feridos e 20 mortes em acidentes ao redor do mundo.
Em junho de 2017, a Takata e sua corporação TK Holdings declararam falência após mais de 100 milhões de seus air bags serem atingidos por recall. O produto poderia se inflar além do limite e lançar fragmentos de metal sobre os passageiros.
Durante a audiência, o juiz avaliou a adequação do plano proposto pela TK Holdings. O magistrado Brendan Shannon considerou que o acordo beneficiaria as montadoras em detrimento dos proprietários dos veículos e permitirá a participação da defesa na elaboração do novo plano. O julgamento ocorreu em Wilmington, Delaware (EUA), e continuará no dia 13 de fevereiro.
O plano da empresa era pagar uma compensação que varia de US$ 10 mil (R$ 32,4 mil), para os feridos, até US$ 5 milhões (R$ 16,2 milhões) por morte ou perda de visão. Porém, os proprietários dos carros seriam impedidos de processar a Honda. Pelos documentos, outras fabricantes também poderiam se juntar ao acordo.
Um advogado das vítimas contestou a proposta. Segundo a defesa, o plano limita os direitos das vítimas ao restringir a punição para a companhia e por prever o pagamento da indenização em parcelas.
A Takata planeja vender suas operações por US$ 1,6 bilhão (cerca de R$ 5,2 bilhões) para a Key Safety Systems, uma afiliada da empresa chinesa Ningbo Joyson Electronic Corp. O procedimento irá financiar pedidos de restituição de montadoras e as indenizações das vítimas.
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Fiat Freemont/Dodge Journey
Consultamos três mecânicos experientes para fazer uma lista de veículos que apresentam defeitos crônicos, e que por isso visitam oficinas com frequência. Para Pedro Luiz Scopino, da Automecânica Scopino, os "gêmeos" Fiat Freemont e o Dodge Journey têm tendência de trepidação durante as frenagens. Segundo ele, isso ocorre porque os discos de freio sofrem empenamento, o que exige a substituição.
Peugeot 206
De acordo com Pedro Luiz Scopino, o Peugeot 206 tem problemas frequentes na bandeja de suspensão, que "não aguenta os buracos". O mecânico Yutaka Fukuda, da Fukuda Motors Center, tem a mesma opinião, e acrescenta outro problema relativo ao carro: vazamento de óleo pela coifa do câmbio, que pode culminar com o travamento da transmissão.
Fiat Marea
O Fiat Marea tinha problemas relacionados ao motor, principalmente por causa da correia dentada, de manutenção complicada devido ao acesso. A versão turbo também era problemática, segundo o engenheiro mecânico Rubens Venosa, da oficina Motor Max.
Audi A3
De acordo com o engenheiro Rubens Venosa, os modelos da Audi com mais de dez anos têm alta incidência de quebras de peças do motor feitas de plástico: "Às vezes, fazendo a manutenção, elas quebram na mão", garante. Segundo ele, modelos como o A3 têm muito plástico nos sistemas de refrigeração (como radiador, tubulações e bomba d'água), que com o passar dos anos ficam frágeis, devido à temperatura de trabalho.
Chevrolet Zafira
O mecânico Pedro Luiz Scopino diz que alguns modelos da Chevrolet sofrem com o derretimento do conector do eletroventilador (ventoinha) do motor. Com a pane, a ventoinha não funciona e o motor "ferve". Segundo ele, isso ocorre com frequência em carros como Zafira, Prisma, Corsa e Montana, por exemplo.
Volkswagen Amarok
A correia dentada do motor da picape Volkswagen Amarok rompe-se devido à infiltração de poeira, constata Pedro Luiz Scopino. O problema ocorre principalmente em veículos que circulam por caminho de terra.
Land Rover Discovery 1 e 2
Os modelos mais antigos do Land Rover Discovery (versões 1 e 2) costumam quebrar com frequência, na opinião do engenheiro Rubens Venosa: "Você arruma uma coisa, quebra outra", diz, referindo-se a avarias relacionadas ao motor.
Ford Fiesta (com câmbio Powershift)
O câmbio automatizado Powershift da Ford (que está presente não apenas no Fiesta, mas também no Focus e no EcoSport até o modelo 2017) tem muitas falhas relacionadas a trepidação. A razão está no superaquecimento da embreagem, entre outros motivos. Por causa disso, a empresa elevou para dez anos a garantia do sistema, e recentemente, no lançamento do Fiesta 2018, garantiu que realizou diversas mudanças no conjunto.
Citroën C3
Apresenta os mesmos problemas do Peugeot 206: segundo Pedro Luiz Scopino e Yutaka Fukuda, a suspensão sofre muito com os buracos. Fukuda ainda acrescenta falhas na parte elétrica e vazamento de óleo pela coifa do câmbio. De acordo com a Citroën, as suspensões do C3 passaram por modificações com a chegada da nova geração, em 2012. O objetivo das mudanças foi "melhorar a absorção de impactos, aumentar a robustez do conjunto e oferecer conforto dinâmico superior." Sobre a questão do vazamento de óleo pelos retentores do câmbio e/ou problemas elétricos, a Citroën informa que não possui nenhum histórico sobre esses problemas em sua rede de concessionárias de todo o Brasil.