O Landau ano 1979 do comerciário Robson Jacob está longe de ser um carro qualquer. O Ford, que já encanta os leigos pelo impecável estado de conservação, tem um detalhe na tampa traseira que o faz conquistar a admiração dos mais exigentes fãs de antigos. Trata-se de uma placa que identifica a série especial SE, feita para celebrar os 60 anos da marca no Brasil.

Jacob sempre apreciou o sedã de luxo – seu pai teve uma unidade comprada nova em 1978. A ideia de ter um Landau surgiu na cabeça do comerciário há cerca de dois anos e se materializou durante uma visita a um amigo em Curitiba.

“Quando vi o carro na garagem dele, percebi que estava diante do Landau que queria para mim, justamente pela exclusividade. Foram produzidos apenas 300 exemplares”, diz Jacob. “Ele me deixou dirigir o Ford pelas ruas da cidade, mas não quis vendê-lo.”

O jeito foi deixar o tempo passar até que o amigo resolvesse passar o sedã adiante. Foi só em outubro de 2017 que Jacob pôde finalmente sentar ao volante do sedã desejado e levá-lo para sua casa na capital paulista.

“A viagem foi uma delícia. Mas, no fim dos 410 km, o tanque de 100 litros que eu havia completado em Curitiba já estava na reserva”, conta o comerciário. “Por causa do consumo elevado, não dá para rodar muito com esse carro. É só para o fim de semana mesmo.”

Da mecânica à tapeçaria, a originalidade do Ford está intacta nos mínimos detalhes. O novo dono não precisou fazer nenhum tipo de reparo. “Há algumas pequenas marcas na pintura, mas não quero mexer em nada. Talvez faça só um polimento nas calotas.”

Enquanto aguarda a chegada das placas pretas que o sedã acaba de conquistar, Jacob aproveita para desfilar com sua nova aquisição em eventos de antigos, todo orgulhoso. “É um carro lindo, o melhor de todos os nacionais”, derrete-se.

“A suspensão é tão macia que parece que você está andando em uma nuvem. A direção é leve até demais, o que incomoda em altas velocidades, mas é questão de costume”, minimiza.

Especial

A edição comemorativa SE do sedã trouxe algumas melhorias em relação às versões da época . O sistema de platinado e condensador deu lugar à ignição eletrônica e o ar-condicionado, que era afixado na parte inferior do painel, passou a ser integrado na própria peça. A cor Vermelho Scala foi a única disponível. Ao consumidor, cabia apenas escolher entre câmbio manual, como no exemplar de Jacob, ou automático.