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Marcas apostam no grafeno para novas baterias elétricas
Tecnologia

Marcas apostam no grafeno para novas baterias elétricas

Grafeno, um tipo de carbono, aumentaria o poder das baterias elétricas em até 45%

Diego Ortiz

31 de jan, 2018 · 3 minutos de leitura.

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baterias elétricas
Partículas de grafeno
Crédito:Crédito: Samsung

Um material relativamente simples, presente, por exemplo, nos lápis, mas que em forma mais refinada pode estar prestes a mudar o mundo. Estamos falando do grafeno, um tipo de carbono que pode ser utilizado de maneira revolucionária em baterias e começa a chamar a atenção das montadoras por causa dos carros elétricos.

Segundo informações da Samsung, que já realizou testes avançados com o material, as baterias de grafeno são 45% mais poderosas e recarregam cinco vezes mais rápido que as de íons de lítio equivalentes. Esses números apontam para carros elétricos com autonomia igual à de modelos com motor a combustão. Esse é um dos maiores desafios para garantir a popularização de veículos movidos a eletricidade.

As atuais baterias de íons de lítio (iguais às de celulares) estão no limite de suas possibilidades. Por isso, há muito tempo não há avanços nessa área.

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Para ampliar a autonomia, os modelos elétricos teriam de receber mais baterias. Além de aumentar o peso do veículo e o consumo, isso provocaria maiores níveis de calor e tempo de recarga. Ou seja, com as pilhas de íons de lítio essa é uma conta que não fecha.

Características das baterias elétricas de grafeno

O grafeno tem alta elasticidade condutiva e pode, segundo os cientistas, explodir (de forma figurada) igual a um milho de pipoca ao ser estimulado, gerando mais energia.

Outra vantagem é que o grafeno permanece totalmente estabilizado em temperaturas externas de até 60 graus positivos ou negativos. Ou seja: poderia ser utilizado por veículos em qualquer lugar do mundo, seja em desertos ou no Polo Norte.


Além disso, por ser um carbono, o grafeno é extremamente resistente. Isso faz com que sua utilização em automóveis seja muito segura – em caso de colisão, por exemplo, há baixo risco de quebra e vazamento de material contaminante. A indústria de telefonia prevê que o grafeno será usado até na carcaça de smartphones.

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Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

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Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.