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Chevrolet demora mais de 40 dias para entregar Tracker a cliente
Defenda-se

Chevrolet demora mais de 40 dias para entregar Tracker a cliente

Leitora informou que quase desistiu da compra, mas o caso acabou solucionado

Redação

21 de mar, 2018 · 7 minutos de leitura.

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Chevrolet Tracker/ Divulgação
Crédito:

No dia 26 de novembro, encomendei à autorizada Carrera um Tracker Premier na cor Vermelho Glory, igual ao que eu havia visto em uma publicidade na televisão. Após 40 dias, a concessionária não consegue sequer dar uma previsão firme da entrega. Após ter comprado quatro carros da Chevrolet nos últimos 15 anos, estou quase desistindo desse. Fiquei frustrada com a marca, que anuncia um produto que não existe: trata-se de uma lenda. Alguém da GM pode me informar se devo desistir da marca ou quando poderei ter um Tracker igual ao da tevê?
Maria Angela Soares Miyagi, CAPITAL

Chevrolet responde: o caso foi solucionado.

A leitora diz que o carro que desejava foi, enfim, faturado.

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Advogado: a mercadoria anunciada deve estar à disposição do consumidor. Do contrário, trata-se de publicidade enganosa, o que autoriza o interessado a obter uma ordem judicial de urgência para a entrega do produto.

Veja outras reclamações publicadas na coluna Defenda-se desta semana:

 

HONDA CITY
Sem garantia por falta de revisão

Comprei um City EX novo em janeiro de 2016. Fiz a primeira revisão aos 9.954 km, em 24 de outubro do mesmo ano. Agora, estou vendendo o carro, que completou dois anos e está com 18.950 km rodados. Ao verificar o manual de garantia, constatei que perdi o prazo definido pela Honda para a segunda revisão, que deveria ter sido feita por tempo, ou seja, até o dia 24 de outubro de 2017. Isso ocorreu porque a Norte-Vel da Vila Guilherme não me ligou alertando sobre a revisão, como havia feito com todos os outros Honda que tive nos quatro anos anteriores.


A central de atendimento da Honda diz que a Norte-Vel fechou e não repassou sua base de clientes para a montadora – que, por isso, nada poderia fazer. Ou seja, meu carro perdeu a garantia e, em caso de defeito, um reparo sem ônus dependerá da boa vontade da fabricante. Estou decepcionada e quero que a Honda reveja sua posição, revalidando a garantia do veículo. O erro não foi só meu.
Neila Cecilio, CAPITAL

Honda responde: prestamos os esclarecimentos cabíveis à leitora, que fez a revisão do veículo na Daitan Pompeia.

A leitora confirma a informação e reitera que a garantia do veículo foi restabelecida.


Advogado: se a concessionária da Honda, durante quatro anos, sempre avisou a consumidora sobre a revisão, isso se tornou um costume e levou a cliente a contar com esse serviço. Dessa forma, ainda que tenha havido mudança na rede autorizada, a prática deveria ter sido mantida. Por isso, a Honda agiu corretamente ao restabelecer a garantia do veículo.

NISSAN KICKS
Carro parado por falta de peças

Sou portadora de esclerose múltipla e adquiri um Kicks com isenção fiscal em junho de 2017. Em novembro, surgiu um ruído estranho na parte dianteira do carro. Deixei-o na concessionária para verificação do problema. Disseram que os pistões haviam sido carbonizados devido ao uso de combustível adulterado. Mas sempre abastecemos os carros da família nos mesmos postos e nunca houve problemas. O orçamento do conserto ficou em R$ 6.400 e, após negociação, o valor foi reduzido para R$ 1.900. Aceitamos a proposta. Dois meses depois, o carro continua desmontado na autorizada, por falta de peças. Não sei mais o que fazer.
Débora Pinheiro Dantas, CAPITAL

Nissan responde: o veículo foi reparado e entregue em perfeitas condições de uso.


A leitora diz que ficou dois meses sem o carro e não recebeu veículo reserva. Ela questiona a cobrança do conserto, já que a montadora não apresentou nenhuma prova do alegado uso de gasolina adulterada.

Advogado: a alegação de uso de combustível adulterado, para fins de negativa de reparo sem ônus, só é possível mediante a apresentação de laudo técnico, feito por profissional não vinculado à montadora, que comprove a má qualidade do combustível. A consumidora pode recorrer ao Juizado Especial Cível para reaver o valor pago pelo reparo e a montadora somente se livrará do pagamento se puder exibir a prova referida.

Quer participar? Escreva um texto descrevendo seu problema de forma resumida e envie-o para o e-mail jcarro@estadao.com, juntamente com RG, CPF, endereço com município, telefones para contato e, se possível, número do chassi e placa do veículo.


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.