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Aceleramos o novo Honda Civic Si
Avaliação

Aceleramos o novo Honda Civic Si

Novo Honda Civic Si custa R$ 159.900 e tem na excelente dirigibilidade seu grande trunfo

Diego Ortiz

16 de abr, 2018 · 5 minutos de leitura.

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novo honda
Honda Civic S 2018
Crédito:Crédito: Honda

Por mais que a aparência do novo Civic Si, que chega ao Brasil por R$ 159.900, praticamente obrigue o candidato a piloto a acelerar, o ponto forte do esportivo da Honda não é a potência, e sim a dirigibilidade. Não que o modelo seja “manco”: seu motor 1.5 turbo a gasolina de 208 cv gira forte. Mas é no controle total ao volante que o cupê feito no Canadá se destaca.

É preciso ser um mestre ao contrário e fazer muita besteira para perder o controle do Civic Si. Essa é uma característica marcante que mostra que esse cupê é um legítimo Honda.

Além de a suspensão ser bem ajustada, com molas 32% mais firmes que as da versão Touring da configuração sedã, e da carroceria 25% mais rígida, são dois os controles eletrônicos que brilham no esportivo.

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Um sistema moderno de vetorização de torque equilibra a tração nas rodas se o motorista começa a perder o controle. Quem tem experiência em pilotagem perceberá que o carro está próximo desse limite, corrigirá a trajetória com o volante e se divertirá muito em curvas.

Se o motorista não tiver tanta experiência e continuar a exagerar, o ESP (controle de estabilidade) entrará em ação para colocar quem estiver guiando no “jogo novamente”. Os coxins de suspensão superdimensionados (os mesmos do Type-R, o mais bravo dos Civic) também colaboram com o conjunto.

Voltando ao motor, a potência total disponível a 5.700 giros agrada, mas é graças ao torque de 26,5 mkgf, totalmente presente às 2.100 rpm, que o Civic Si começa a brilhar. O quatro-cilindros “enche” rápido e vai pedindo marchas e dando um bom poder de aceleração.


Colabora com as ótimas respostas o câmbio manual de seis marchas muito preciso (não há opção automática). Dá até para ouvir o “clique” do trambulador nas mudanças – o conjunto dinâmico é bem interessante.

Outro predicado que confirma a vocação esportiva do Si é o peso 45 kg mais baixo que o do antecessor – a relação peso-potência é de ótimos 6,3 kg/cv. O novo cupê também é 5% mais aerodinâmico que o antigo. Combinados com os 2 cv e quase 3 mkgf a mais, esses números se traduzem em muito prazer para quem está ao volante.

O revestimento interno é todo preto – até no teto – e há costuras vermelhas nos bancos e volante. Há imitação de fibra de carbono no acabamento e a iluminação do painel é vermelha.


Aliás, no quadro de instrumentos há uma espécie de potenciômetro que mostra quanta força está sendo aplicada no acelerador e freios. Isso dá ainda mais esportividade ao carro.

Os bancos são do tipo concha com o logo “Si” bordado no encosto. As pedaleiras são de alumínio e o sistema multimídia é o mesmo da configuração Touring, de topo do sedã Civic.

Ficha técnica

Preço sugerido: R$ 159.900
Motor: 1.5, 4 cil., 16V, turbo, gas.
Potência (cv): 208 a 5.700 rpm
Torque (mkgf): 26,5 a 2.100 rpm
Câmbio: Manual, 6 marchas
Peso: 1.321 quilos
Porta-malas: 334 litros


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.