Cerca de sete meses após apresentar o T40 no Brasil, a JAC Motors traz a prometida opção de câmbio automático. Na versão com transmissão CVT, de relações continuamente variáveis, o SUV importado da China tem motor 1.6 a gasolina de 138 cv e tabela de R$ 69.990. Os R$ 10 mil a mais ante o preço da configuração com caixa manual e motor 1.5 são justificados pelas várias diferenças – todas boas.
Há novos bancos de couro e quadro de instrumentos que, embora tenha ficado mais fácil de ler, poderia ser maior e ter grafismos melhores. Outros destaques são o start&stop e o ar-condicionado automático.
De série há central multimídia, computador de bordo, auxílio de partida em rampa, acendimento automático dos faróis, controles de tração e estabilidade, sensor de obstáculos e câmera na traseira.
Há uma câmera na frente, na base do retrovisor interno, que não projeta imagens na tela do multimídia. O sistema permite gravar o que ocorre na frente do veículo e, segundo informações da JAC, pode ajudar a reduzir o preço do seguro. Isso porque o motorista teria como provar que não foi responsável por um acidente, por exemplo.
O câmbio CVT simula seis marchas e tem opção de trocas na alavanca. Segundo o presidente da JAC, Sergio Habib, “as aletas no volante são desnecessárias, pois ninguém usa”.
A caixa automática forma bom conjunto com o novo motor. Na cidade, o duplo comando variável de válvulas faz o 1.6 responder rápido em giros baixos. Na estrada, apesar de as melhores respostas surgirem em rotações altas, o que faz o motor “berrar”, o ruído invade pouco a cabine.
A calibragem da suspensão impede que a carroceria incline muito em curvas e lida bem com buracos e piso ruim. O ponto negativo são as reações anestesiadas da direção elétrica.
O bom acabamento inclui detalhes de couro no painel e imitação de fibra de carbono nas portas. As partes plásticas não destoam do que é oferecido em modelos de preço semelhante. Bom também é o espaço interno, ideal para quatro adultos.