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Fiat prepara mudanças em Uno e Mobi
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Fiat prepara mudanças em Uno e Mobi

Uno será reposicionado para não brigar com Argo, enquanto Mobi terá novas versões

Redação

12 de mai, 2018 · 3 minutos de leitura.

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Crédito: Fiat
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O Uno passou a ficar meio apagado em meio aos lançamentos posteriores da Fiat. O fogo amigo veio de todos os lados. Por baixo, o subcompacto Mobi lhe roubou o protagonismo como opção de entrada da marca. Na outra ponta, as versões mais caras foram canibalizadas pelo Argo. Com isso, suas vendas despencaram. Para sobreviver, o Uno sofrerá reformulações na linha 2019.

Quando incorporou direção elétrica, controle de estabilidade e a nova família de motores Firefly (1.0 e 1.3), o Uno encareceu. Hoje, a versão mais barata parte de R$ 43.990. Para reanimar suas vendas, a missão da Fiat é devolver ao Uno o status de carro barato.

Para isso, de acordo com o site Motor1, ele perderá as atuais opções com motor de 1,3 litro (Way e Sporting), que batem de frente com o Argo. O mais provável é que a linha 2019 tenha a atual versão Drive, com o motor 1.0 Firefly de 77 cv, e uma opção mais em conta ressuscitando o antigo 1.0 Fire de 75 cv. Na prática, seria a volta do Uno Vivace. Uma atualização de estilo tentará atrair o interesse do público.

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Mobi não vai se livrar do motor Fire

O Mobi também terá novidades em junho, com a reformulação de sua gama de versões. Desde que o carrinho foi lançado, sua única mudança substancial foi a incorporação da versão Drive. Ela traz o motor 1.0 Firefly de 77 cv e 10,9 mkgf e direção elétrica.

O motor Firefly trouxe um notável ganho de dirigibilidade para o Mobi. Mas ele deve continuar restrito à opção de topo. De acordo com o site Autos Segredos, o presidente da FCA na América Latina, Antonio Filosa, descartou estendê-la aos demais catálogos do modelo, que devem continuar com o antigo motor Fire.

LEIA TAMBÉM: Fiat mostra motores Firefly 1.0 e 1.3 com turbo


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”