Durante os primeiros dias da paralisação dos caminhoneiros, quando as filas em postos de combustível começaram a se formar, houve um aumento de interesse por carros elétricos e híbridos. As reportagens sobre esse tipo de veículo publicadas no site do Jornal do Carro passaram a ser muito acessadas.
Os donos de elétricos não sofrem com problemas como pane seca (quando o carro para por falta de combustível) nem ficam nas filas dos postos. Esses modelos têm baterias que são recarregadas em tomadas.
Outra possibilidade é “abastecer” em postos de recarga. Há ainda os elétricos de autonomia estendida, que têm um gerador a gasolina para recarregar as baterias. É o caso do BMW i3, cuja nova geração chega em julho – para ser o único elétrico à venda no Brasil.
A autonomia do i3 chega a 230 km. Com o gerador, entrega mais 130 km. O alemão partirá de cerca de R$ 200 mil (veja detalhes aqui).
Até a chegada do i3, não haverá nenhum carro elétrico à venda no País. Isso, porém, começará a mudar em 2019.
Para o próximo ano, estão previstas as chegadas do Nissan Leaf e do Chevrolet Bolt.
Se por um lado dispensam os combustíveis derivados do petróleo, os elétricos também têm alguns problemas. No geral, a autonomia ainda é baixa, e as baterias demoram para serem recarregadas.
Além disso, o Brasil tem constantes crises de fornecimento de energia, necessária para manter o carro elétrico em funcionamento.
HÍBRIDOS
Os donos de híbridos, como o Prius e o XC90 T8, também têm de enfrentar filas nos postos, mas com frequência bem menor que os de carros convencionais.
O motor elétrico, combinado ao outro a combustão, garante autonomia bem maior. Tanto que os modelos mais econômicos à venda no Brasil são híbridos.
O Prius, por exemplo, faz média (cidade-estrada) de 17,95 km/l e está no topo da lista dos mais econômicos. O segundo colocado é o XC90 T8, com 17,65 km/l. O terceiro é o Fusion Hybrid (15,95 km/l).
A autonomia do híbrido é maior na cidade que na estrada. Isso ocorre porque em velocidades baixas os motores elétricos atuam praticamente o tempo todo. Esses propulsores também podem auxiliar os a combustão, se necessário.
A maioria dos híbridos tem sistemas que transformam a energia das frenagens em eletricidade para recarregar as baterias. Há ainda os “plug-in”, que podem ser recarregados na tomada, como o XC90 T8.
O principal problema do carro híbrido é ser mais caro que equivalentes a combustão. Eles têm poucos incentivos no País.