Na hora de vender o usado, é normal que seja difícil atingir o valor indicado na tabela. No entanto, alguns modelos usados fogem à regra e são vendidos por valores próximos e até acima do indicado.
Um dos casos mais marcantes é o Toyota Corolla. Ao longo de toda a gama de versões e diversos anos/modelo, o sedã médio feito em Indaiatuba é um dos campeões nesse quesito. Unanimidade entre lojistas, Corollas usados só têm descontos se estiver em estado de conservação ruim, ou com débitos não pagos pelo vendedor. A maioria é vendida por valores bem acima da cotação.
Um modelo seminovo, como um XEi 2.0 ano 2017, tem cotação de R$ 74.350 na pesquisa do Jornal do Carro. No entanto, esse preço só é praticado em unidades ano 2016 modelo 2017. Mesmo assim, foi difícil encontrar uma unidade com valor próximo. Em uma loja pesquisada, a versão chega a custar R$ 89.990, bem acima da tabela.
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Segundo lojistas, o “fenômeno Corolla” se deve à boa confiabilidade do modelo, que conquistou muitos compradores. Não a toa, o Corolla é o líder de vendas disparado entre os sedãs médios.
Se faz bonito entre os zero-quilômetro, o bom desempenho continua quando o carro chega ao mercado de usados. “Já vi Corolla ficar menos de 24 horas no estoque da loja” afirmou um lojista da zona norte de São Paulo.
Ainda segundo especialistas, entre os sedãs médios, o Toyota é o único com comportamento expressivo no mercado de usados. “Civic e Cruze vão bem, mas demoram mais a girar e os preços acabam caindo mais”, afirmou outro lojista.
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Toyota Corolla
O Corolla repete no mercado de usados o mesmo sucesso que faz no mercado de carros zero-quilômetro. Não esquenta lugar na loja, graças à fama de inquebrável e de manutenção barata.
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Honda Civic
O maior concorrente do Corolla também não para nas lojas de usados. O Civic une a confiabilidade tradicional da marca a um perfil mais esportivo, especialmente no modelo de oitava geração.
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Jeep Renegade
O Jeep Renegade tem força no off-road (principalmente com motor a diesel) e também não encalha nas lojas. A mecânica 1.8 (de origem Fiat) não garante alto desempenho, mas a manutenção é confiável.
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Chevrolet Onix
O carro mais vendido do Brasil entre os novos também faz sucesso entre os usados. O estilo agrada, e a manutenção é simples.
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Volkswagen Fox
O Fox não costuma ficar muito tempo nas lojas de usados. Tem motores 1.0 e 1.6 de manutenção simples. Não dá defeito à toa e tem peças fáceis de se encontrar.
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Honda HR-V
O HR-V é outro SUV que chegou fazendo sucesso instantâneo no mercado de novos, e isso tem se refletido entre os seminovos. A mecânica, derivada da do Civic, é confiável, idem para a fama de robustez e manutenção barata.
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Hyundai HB20
O Hyundai caiu nas graças do público desde que chegou. Seja 1.0 ou 1.6, tem bom mercado. Como a garantia é de cinco anos, só agora os modelos mais antigos estão saindo do prazo contratual de cobertura.
8/20
Honda Fit
O Honda Fit tem boa procura nas lojas, independentemente do ano de fabricação. Fácil de manter e robusto, só pede atenção na suspensão. Durinha, ela sofre um pouco com a buraqueira das ruas brasileiras.
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Toyota Etios
O Etios já está no mercado desde 2012. Com mecânica simples, robusta e eficiente, não dá muita dor de cabeça aos donos. Tanto hatch quanto sedã, independentemente da motorização, são valentes e baratos a longo prazo.
10/20
Honda City
O City faz jus à fama de robustez da Honda. Dá pouca manutenção, e as revisões tendem a ser baratas. Além disso, tem bom espaço interno, especialmente no porta-malas.
11/20
Chevrolet Cruze
O Cruze tem boa procura no mercado de segunda mão, graças à confiabilidade mecânica.
12/20
Fiat Idea
O monovolume da Fiat nem é mais produzido, e nunca foi um sucesso entre os carros novos (o Fit dominou esse segmento). Mas, entre os usados, o Idea vai bem.
13/20
Hyundai ix35
Como boa parte dos SUVs, o ix35 tem bom mercado: o visual já mudou, mas o modelo continua atraente.
14/20
Chevrolet Cobalt
Graças ao espaço interno, ao bom custo-benefício e à manutenção confiável, o sedã da Chevrolet é bem visto entre os usados.
15/20
Volkswagen Up!
O subcompacto da Volkswagen tem boa procura, tanto com motor aspirado como com mecânica turbo. É econômico, bom de dirigir e baixa desvalorização.
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Kia Picanto
O Kia Picanto tem bom mercado, especialmente na versão com câmbio automático.
17/20
Nissan Versa
O Versa é espaçoso, potente e econômico em vários aspectos. As revisões na Nissan são baratas e o modelo não dá defeito à toa.
18/20
Fiat Uno
O Uno continua sendo um carro com boa reputação. A mecânica não é complicada, e o preço é acessível.
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Chevrolet Spin
Basta ver o que tem de Spin nos pontos de táxis para se constatar que o carro não refuga. Como o "irmão" Cobalt, é espaçoso, tem bom custo-benefício e mecânica simples e confiável.
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Volkswagen Gol
O Gol já viveu dias melhores, mas ainda é um carro que não faz feio quando o assunto é confiabilidade mecânica e bom valor de revenda. Além disso, continua a ser agradável ao volante.
HR-V é melhor entre SUV usados
Da Honda, o modelo mais valorizado é o HR-V. Unidades 2016, tabeladas a R$ 74 mil, podem ser encontradas por até R$ 88 mil, caso de algumas lojas pesquisadas. A alta aceitação do SUV compacto entre os novos também se reflete no mercado de usados. “No HR-V, a tabela é quase como um piso. Quanto melhor estiver a unidade, mais ela pode custar”, informou um lojista da zona sul da capital.
Compactos
Entre os modelos de entrada, o Onix é apontado como um dos “melhores de loja”. Bastante popular, o hatch da Chevrolet costuma ser negociado por valores próximos às cotações de usados. No entanto, a margem para “esticar” o preço do modelo mais simples é menor.
Com cotação média de R$ 32.250, unidades da versão LT 1.0 de 2016 costumam ser vendidas por até R$ 38 mil. Ainda assim, no caso do Onix, é mais fácil encontrar carros por valores próximos ao da tabela do que em carros mais caros.
Outro “queridinho” é o Hyundai HB20. Na cotação do JC, a versão Comfort Plus 1.6 com câmbio manual tem média de R$ 38.650, mas os valores mais comuns giram entre R$ 42 mil e R$ 45 mil em lojas consultadas. A ampla oferta de unidades bem conservadas e a fama de resistente do modelo atraem compradores.
Isso não só valoriza o HB20, mas também faz os exemplares usados ficarem menos tempo nas lojas.