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Em nome da aerodinâmica, câmera vai substituir retrovisor externo
Tecnologia

Em nome da aerodinâmica, câmera vai substituir retrovisor externo

Para reduzir o arrasto aerodinâmico e reduzir o consumo, tecnologias como câmera no lugar do retrovisor, defletores de ar e grade ativa serão cada vez mais utilizadas

Hairton Ponciano Voz

13 de jun, 2018 · 4 minutos de leitura.

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Audi e-tron
Crédito:Audi e-tron deverá ser o primeiro carro sem espelho retrovisor externo. Foto: Audi

Reduzir cada vez mais o consumo de combustível e, por tabela, o nível de emissões de poluentes, é uma das prioridades das montadoras. Além de investir em motores mais eficientes e materiais leves na construção dos veículos, as fabricantes apostam no aprimoramento da aerodinâmica da carroceria – até os espelhos retrovisores interferem nesse resultado.

Com o e-tron, a Audi deu um passo importante para eliminar esse “apêndice”. Sua versão final deverá ser o primeiro carro feito em série equipado, opcionalmente, com câmera no lugar do retrovisor. A previsão é de que o elétrico chegue às lojas da Europa neste ano.

Com câmeras em vez de espelhos, a largura do veículo diminuiu 15 cm. Isso contribui para reduzir o arrasto e aumentar a autonomia das baterias, segundo informações da Audi.

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Grade de radiador ativa é outro recurso que vem se “popularizando”. Com o sistema, as aletas abrem em baixas velocidades para melhorar a refrigeração do motor e fecham quando a velocidade aumenta para privilegiar a aerodinâmica.

A tecnologia está em carros sofisticados, como o Jaguar I-Pace. Mas pode vir em modelos como o Chevrolet Spin.

A Porsche adotou essa solução na grade inferior do 911 e equipou o novo Cayenne com um defletor móvel na tampa de trás. A asa fica rente à carroceria a até 160 km/h, para privilegiar a aerodinâmica.


A avaliação do modelo está aqui

Acima dessa velocidade, a peça sobe 6 graus, para aumentar a pressão contra o solo e melhorar a estabilidade. No modo de condução mais esportivo (Sport Plus), a lâmina sobe para 12,6°. Quando o freio é pressionado com força entre 170 e 270 km/h, a inclinação chega a 28,2º. Nesse caso, a função é auxiliar a frenagem.

Além das mudanças visíveis, vários carros têm soluções invisíveis, como assoalho plano, com fechamentos nas áreas do motor e tanque, entre outras.


Com menos reentrâncias na parte inferior da carroceria, o ar flui melhor sob o veículo. Esse sempre foi um dos trunfos dos esportivos da Ferrari. Por isso, são raros os modelos feitos pela marca italiana que precisam de aerofólio para melhorar a aerodinâmica.

Banguela eletrônica

Para garantir bom desempenho sem elevar o consumo, o Porsche 911 tem um sistema que desacopla a embreagem em descidas. Nessa espécie de “banguela”, o motor “cai” para a marcha lenta, o gasto de combustível diminui e a agilidade é mantida, já que não se emprega o efeito freio motor.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.