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Toyota Yaris XLS convoca para disputa o VW Polo Highline
Comparativo

Toyota Yaris XLS convoca para disputa o VW Polo Highline

Estreante, Toyota Yaris com motor 1.5 de 110 cv desafia o VW Polo e seu 1.0 turbo de 128 cv

Hairton Ponciano Voz

20 de jun, 2018 · 7 minutos de leitura.

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toyota yaris
Toyota Yaris chega para encarar o VW Polo. CRÉDITO: WERTHER SANTANA/ESTADÃO
Crédito:

É comum um modelo que acaba de ser lançado ganhar o primeiro comparativo de que participa. Isso ocorre por um motivo bem simples: quem chega depois tem mais tempo de estudar a concorrência. Mas acontece de o desafiante perder, como neste duelo entre o Yaris e o Polo.

O Toyota feito em Sorocaba (SP) é repleto de qualidades. O problema é que o hatch enfrenta o Volkswagen, que, não por acaso, tornou-se a sensação da temporada – é o quarto carro mais vendido do País, no acumulado de janeiro a maio.

O comparativo foi feito entre as versões de topo dos hatches. O Yaris XLS, com motor 1.5 e câmbio automático CVT, sai a R$ 77.590 com o pacote completo de equipamentos. O Polo Highline 200 TSI (1.0 turbo e caixa automática de seis marchas) parte de R$ 71.760.

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No quesito preço, o Volkswagen sai em vantagem. Mesmo com todos os opcionais, incluindo painel virtual e tela multimídia de 8 polegadas, entre outros, a tabela é de R$ 77.500, ainda abaixo da do Yaris XLS.

Mas o Polo venceu por ter mais tecnologias que o rival. A versão Highline tem motor 1.0 de três cilindros, com turbo e injeção direta de gasolina, que gera potência de 128 cv e torque de 20,4 mkgf. É bem mais que os 110 cv e 14,9 mkgf do 1.5 de quatro cilindros do Yaris.

Na prática, esse monte de números resulta em dirigibilidade muito superior do VW, que responde prontamente aos comandos do motorista. O Toyota, por sua vez, tem temperamento comportado, graças, em parte, ao câmbio CVT, que prima pelo conforto. Na cidade o Yaris agrada muito. Já na estrada há uma certa demora nas respostas à pressão no acelerador. Depois que embala, a novidade vai bem.


Só o Polo tem freio a disco nas quatro rodas (o Yaris tem tambores atrás). O Toyota contra-ataca com sete air bags de série (quatro no Polo) e teto solar, que não é oferecido no Volkswagen nem como opcional.

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Polo é ‘europeu’ e Yaris, ‘tailandês’


O Polo que roda no Brasil utiliza a mesma plataforma do europeu (MQB). Já o Yaris é semelhante ao que circula na Tailândia, mais simples e um pouco mais encorpado que o vendido na Europa. Por lá, o Toyota também tem versão híbrida e tecnologias como sistema de manutenção em faixa de rolagem e frenagem automática.

O Yaris tem 4,14 metros de comprimento, 8 cm a mais que o Polo (4,06 m). Já a distância entre os eixos é praticamente a mesma (2,55 m no Toyota e 2,56 m no VW). O espaço no banco traseiro é um pouco melhor no Yaris, que tem também assoalho plano. A ausência do túnel central melhora o conforto do quinto ocupante.

A central multimídia do Toyota tem tela de 7 polegadas. Vem com câmera atrás, mas não tem navegador GPS (apenas espelhamento de smartphone, por ora só Android). No Polo, o kit de série tem tela de 6,5” e não há navegador GPS. A opcional de 8” está em um pacote que inclui o quadro virtual de instrumentos.


Os dois têm controles de tração e estabilidade de série. Pelo porte, o Yaris bem que merecia pneus um pouco mais largos e rodas maiores. O hatch vem de série como rodas de liga de 15 polegadas e pneus 185/60 R15. O Polo sai de fábrica com rodas de 16” e pneus 195/55 R16. Opcionalmente, há o conjunto de 17” com pneus 205/50 R17.

OPINIÃO: Acho o Yaris caro


Pelo que oferece, o Yaris deveria ser mais barato. O acabamento do Polo também é simples, mas a VW disfarça isso com itens como quadro virtual e uma grande central multimídia (opcionais na versão Highline). Com tantos recursos tecnológicos à vista, as pessoas tendem a notar menos a economia no acabamento. Mesmo assim, acredito no sucesso do novo Toyota.

Embora não tenha visual arrebatador, é simpático e tem personalidade. Não se parece com um “mini Corolla”, e principalmente não tem nenhuma semelhança com o Etios. Se por um lado a motorização emprestada do modelo menor (1.3 e 1.5) garante desempenho sem grandes emoções ao volante, por outro também não decepciona.

Enfim, o Yaris é um carro equilibrado, racional, bem ao gosto do público da Toyota. A empresa quer vender 5.800 unidades por mês do modelo, das quais 55% representadas pelo hatch (3.190 unidades). Creio que esses números são bem realistas.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.