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Andamos no T-Cross, o novo SUV compacto da VW
Avaliação

Andamos no T-Cross, o novo SUV compacto da VW

Volkswagen T-Cross ainda está na fase de protótipo, mas tem motores turbo e dá sinais de que vem para brigar com os líderes do segmento, HR-V e Renegade

Hairton Ponciano Voz

11 de jul, 2018 · 8 minutos de leitura.

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T-Cross foi mostrado ainda com camuflagem na Europa
Crédito:Foto: Volkswagen
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O Volkswagen T-Cross ainda não está pronto, mas já é possível dizer que Jeep Renegade, Honda HR-V e companhia irão ganhar um novo oponente de peso a partir do começo do ano que vem. Dirigimos na Alemanha um protótipo do utilitário-esportivo que estará no Salão do Automóvel, em novembro.

Os disfarces na dianteira e na traseira foram colocados para esconder as linhas finais do modelo, que ainda não foi lançado nem na Europa. Os planos prevêem lançamento praticamente simultâneo no continente europeu e no Brasil. O T-Cross utiliza a mesma plataforma modular MQB do Polo e do Golf, e será produzido em São José dos Pinhais (PR), na Espanha e na China.

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Os carros que dirigimos foram feitos à mão, pela engenharia, fora da linha de produção, num processo que demora quase seis meses. Mesmo assim, não estão acabados por dentro. Daí a ausência de fotos do interior. Mas a parte interna é muito semelhante à do Polo. Uma das principais diferenças é que as teclas de modo de condução e alerta de obstáculos na traseira, por exemplo, ficam acima dos controles do ar-condicionado, e não no console, como no hatch.

Dois motores turbo

A primeira boa notícia é que o modelo nacional terá apenas motores turbo. No Brasil, ele estará disponível com o 1.0 de três cilindros e 128 cv (200 TSI, o mesmo do Polo) e com o 1.4 de quatro cilindros e 150 cv (250 TSI, do Golf). O primeiro poderá receber câmbio manual de cinco marchas ou automático de seis. O segundo, apenas automático. A VW produzirá no País também uma versão com motor 1.6 aspirado, mas para outros países da América do Sul.

O T-Cross brasileiro será um pouco maior que o avaliado, destinado ao mercado europeu. “Nosso” carro terá 4,19 metros (8,5 cm mais comprido que o europeu). A diferença está toda na distância entre eixos, que é de 2,65 metros (a mesma do Virtus). A altura será 1 cm maior (1,57 m). Isso garantirá espaço muito bom no banco de trás, quesito no qual o carro europeu, mesmo menor, mostrou qualidades: há acomodação suficiente para pernas e cabeça. Além disso, o túnel central também será mais baixo no carro brasileiro.


Nas estradas secundárias que cortam a região de Munique, na Alemanha, o T-Cross mostrou boas respostas ao acelerador, e aparentemente o motor 1.0 TSI não sentiu muito o peso adicional da carroceria, nem o formato menos aerodinâmico do SUV.

Assim como o motor, a suspensão também mostrou bom acerto. O carro tem tração dianteira e suspensão traseira por eixo de torção. Nas curvas, há pouca inclinação da carroceria e boas respostas da direção elétrica. Nesse primeiro contato, a Volkswagen divulgou poucos dados técnicos do veículo. Apenas peso e distância livre do solo (que deverá ser de 17 cm).

T-Cross tem visual imponente

O T-Cross tem frente alta, com estilo que lembra mais o Touareg e o T-ROC do que o Tiguan. A grade é mais larga que os faróis. Na traseira, há uma faixa refletiva (sem iluminação própria) unindo as lanternas (LEDs). Falando nisso, elas têm desenho moderno, mas no Brasil deverão ter outro estilo.


Agora, duas notícias, uma boa e uma ruim. A boa: na Europa, o motor 1.0 TSI rende 115 cv, 13 cv a menos do que o similar flexível que equipa no Brasil Polo e Golf, e que estará no T-Cross. A ruim: na Europa, o modelo tem câmbio automatizado de dupla embreagem (DSG). No Brasil a caixa será automática convencional.

Outra notícia boa é que só o SUV nacional terá opção de teto solar panorâmico, além de saída de ar-condicionado também para trás. Além disso, o modelo chega com seis air bags de série, controle de tração e estabilidade e (muito importante nos dias atuais) quatro portas USB, sendo duas na frente e duas atrás.

Porta-malas menor

Mas há também outras más notícias: como o carro nacional terá estepe convencional, o porta-malas perdeu espaço. Contra os 455 litros do T- Cross europeu, o brasileiro terá entre 345 e 390 litros (dependendo da inclinação do encosto do banco de trás). O carro a ser feito na Espanha também tem banco traseiro corrediço, ao contrário do nacional.


Como o Polo, o modelo oferecerá, dependendo da versão, quadro de instrumentos virtual, central multimídia de 8″, frenagem automática pós-colisão e detetor de fadiga, entre outros itens. O carregador de celular sem fio, já garantido no modelo europeu, não deverá estar disponível. Ao menos na época do lançamento no Brasil. No entanto, o chefe da engenharia da Volkswagen no País, José Loureiro, afirma que o sistema estará “preparado” para o País.

Na Europa, o modelo chegará com opções de rodas entre 16 e 18 polegadas. No Brasil, haverá opções de 16 e 17″. No País, serão oferecidas oito opções de cores, contra 12 na Europa. Em ambas as regiões, haverá possibilidade de escolher acabamento bicolor, com teto preto.

Viagem feita a convite da Volkswagen


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.