A FCA Fiat-Chrysler pode negar, e muito, porém parece a cada dia que a ideia é vender o grupo. É a vez de outra empresa do conglomerado, a Magnetti Marelli, ser separada. A Magnetti Marelli é a fabricante de componentes elétricos e eletrônicos do grupo. O mesmo já foi feito ocorreu com Ferrari e CNH Industrial.
A nova Magnetti Marelli será registrada na Holanda e listada na bolsa de valores de Milão, na Itália. Do mesmo modo que ocorreu quando foi criada a FCA. A ideia é garantir que o valor da empresa seja desvinculado do restante da companhia. Afinal, nem todas as marcas garantem lucro.
Segundo analistas, o valor da Magnetti, é entre 3,6 bilhões de euros e 5 bilhões de euros. A FCA criou uma empresa separada, batizada de MM Srl. Nela estará a Magnetti e suas divisões ligadas a desenvolvimento de componentes de corrida para carros e motos e as empresas que existem da MM ao redor do mundo.
Garantir o controle
Essas ações na Ferrari, CNH Industrial (que é a divisão de maquinário pesado e caminhões Iveco) e agora na Magnetti, tem como principal alvo manter o controle dessas companhias, que são rentáveis, nas mãos da holding Exor, da família Agnelli, principal acionista do Grupo FCA e agora desses braços separados.
Os Agnelli, que atualmente são representados pela figura de um dos netos do fundador, John Elkann, sabem que em caso de uma oferta pública pelo grupo FCA suas ações poderiam ser pulverizadas no mercado, tirando da mão deles o controle acionista.
O processo de separação das operações da Magnetti Marelli do restante do grupo FCA, que ficará apenas com as marcas de veículo dentro dele, deve ocorrer até o final de 2019, segundo a Reuters.