O Fiat Argo foi um dos grandes lançamentos do setor automotivo brasileiro no ano passado. Chegou com a pretensão de redefinir as impressões do consumidor sobre a Fiat, que pretendia se afirmar com um apelo menos racional e mais emocional. Mas a escalada do Argo está sendo vagarosa, embora firme. Ele foi o sexto modelo mais vendido do Brasil em julho e, no acumulado dos sete primeiros meses do ano, ocupa a nona posição.
Já na Argentina, a ascensão do modelo está sendo bem mais rápida. Lançado no país vizinho em setembro de 2017, ele entrou na lista dos 10 mais vendidos em maio deste ano. No mês seguinte, já era o carro mais vendido da Argentina, façanha que repetiu também em julho.
Em julho, o hatch da Fiat vendeu 3.043 exemplares, seguido pelo Ford Ka, com 2.858. Depois, com 2.611 unidades, vem um compacto da Chevrolet – mas não é o Onix e sim o Prisma, o que não surpreende quando se lembra que nossos hermanos são bem mais receptivos aos sedãs compactos do que nós.
A lista prossegue com dois Toyota em quarto e quinto lugares: Hilux (2.596 unidades) e Etios (2.554). Depois, até a décima posição vêm apenas hatches: Onix (2.447 exemplares), Polo (1.831), Sandero (1.766), Kwid (1.714) e Peugeot 208 (1.670).
O jogo virou
O décimo primeiro colocado era nada menos que o campeão de vendas do país doze meses atrás. Trata-se do VW Gol, que cravou 1.639 unidades. Foram 4.062 em julho de 2017, uma queda de quase 60%. E, se ele bobear, será ultrapassado por outro novato da Fiat, já que o sedã Cronos vem logo atrás, com 1.547 unidades emplacadas.
Quem sabe a chegada das recentes versões com transmissão automática não consiga reanimar as vendas do veterano Volkswagen por lá?